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A Copa do Mundo chega às escolas

Conheça algumas atividades relacionados ao Mundial que foram desenvolvidas nas escolas desde a educação infantil até o ensino médio

Publicado em 26/06/2014

por Deborah Ouchana

 

Divulgação
Alunos do Colégio Graphein estudam matemática por meio do álbum de figurinhas da Copa

Em tempo de Copa do Mundo, o futebol, e outras questões que se relacionam ao Mundial, não se restringiram apenas às discussões nos corredores das escolas, entre uma aula e outra. Da educação infantil ao ensino médio, a Copa no Brasil virou tema de diferentes disciplinas.

No Colégio Joana D’Arc, a professora de biologia Edna Khoury propôs aos alunos do 2° ano do ensino médio fazer um levantamento de todas as doenças típicas do Brasil, nas cidades onde os jogos estão sendo realizados. Febre amarela, dengue, doença de chagas, malária e leishmaniose são algumas das doenças que podem pegar turistas estrangeiros e brasileiros desprevenidos. “Nós dividimos a sala em grupos e pesquisamos quais doenças têm incidência nas regiões onde acontecem as partidas. Os alunos criaram banners mostrando as formas de contaminação de cada doença, seus riscos e formas de prevenção”, explica Edna.

Já no colégio Madre Alix, as atividades envolveram os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental a partir dos objetivos principais de cada faixa etária. “Nós optamos por trabalhar a Copa do Mundo, pois todo o país está envolvido com o acontecimento e a escola não tem como ficar a parte. Por isso criamos estratégias para que esse assunto, que as crianças escutam muito por meio da mídia, fosse trabalhado de maneira prazerosa, ao mesmo tempo em que elas adquirissem conhecimento”, destaca Marta Cesaro, coordenadora pedagógica.

+ Leia mais: ídolos presentes no álbum de figurinhas podem ajudar a ensinar história

No 1° ano, por exemplo, o foco é a alfabetização e as crianças trabalharam palavras relacionadas ao Mundial, como FIFA, cafusa, que é o nome da bola da Copa 2014, Fuleco, entre outras. Além disso, foram confeccionados as bandeiras e os uniformes de cada seleção como forma de associar o símbolo de cada país a esses elementos e pesquisar a localização geográfica de cada um, refletindo sobre a questão das distâncias.

Já os mais velhos, do 5° ano, pesquisaram a história e curiosidades das Copas após uma visita ao Museu do Futebol . “Perguntas como por que durante a segunda guerra mundial não teve Copa foram feitas aos alunos. São reflexões mais profundas, que envolve pesquisa, coleta de dados, debate e troca de informações”, exemplifica Marta Cesaro. Todas as informações coletadas pelos alunos foram transformadas em produção textual e cada um produzirá um livro no final do ano letivo.

Álbum de figurinhas
No Colégio Graphein, a Copa foi escolhida para ser tema de um projeto interdisciplinar, envolvendo matemática, história e geografia. Para trabalhar os conteúdos relativos à cada área, o álbum de figurinhas foi utilizado como ferramenta de aprendizagem da educação infantil ao ensino fundamental 1.

“Em matemática, trabalhamos coleta, organização, classificação de dados, sistema decimal e noções de cálculo. Com o álbum, conseguimos apresentar tudo isso a partir de um tema fora dos muros da escola”, aponta Camila Lucio, coordenadora pedagógica. “Trouxemos essa questão para dentro da escola porque é o centro de interesse atual dos alunos”, acrescenta. Camila explica também que o ato de colecionar é um incentivo à socialização dos alunos, já que estimula a relação de troca.

Para as disciplinas de geografia e história, foram trabalhadas as questões de localização e história dos países pela perspectiva do futebol. Além disso, os professores exploraram a figura do ídolo e as diferenças entre time e seleção.

A Copa pela perspectiva política
No Colégio Ofélia Fonseca, os alunos do ensino médio desenvolveram um trabalho no campo da antropologia sobre as centralidades urbanas, onde eles circularam pelo circuito Paulista-Centro-Itaquera, na capital paulista. O objetivo do projeto era discutir a questão da ocupação do espaço e refletir os motivos que levaram a região de Itaquera a receber o Mundial em São Paulo.

Para entender o papel do Estado e os interesses privados da FIFA, a escola convidou o doutor em geografia pela USP, Glauco Gonçalves, estudioso da Copa no Brasil, para conversar com os alunos. “O 3° ano do ensino médio já vinha desenvolvendo um projeto chamado Política, Estado e Sociedade, que tem como objetivo estudar o desenvolvimento do capitalismo e do Estado e pensar como o Estado participa desse processo de reprodução do capital. A Copa foi um bom exemplo para os alunos refletirem sobre essa relação”, opina o professor Luis Massa.

Autor

Deborah Ouchana


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