NOTÍCIA

Prêmio Gabriel Mario Rodrigues

Incentivo na inovação pedagógica

Trabalhos de inovação apresentados para o Prêmio Gabriel Mário Rodrigues surpreenderam pela abrangência e mostram grande evolução dos professores e gestores das IES. Resultado sairá em 20 de agosto, no seminário O Futuro do Ensino

Publicado em 05/08/2021

por Redação Ensino Superior

inovação pedagógica Foto: Envato Elements

inovação pedagógica
Foto: Envato Elements

A primeira edição do Prêmio de Inovação no Ensino Superior, em memória de um dos grandes expoentes do setor no Brasil, o professor Gabriel Mario Rodrigues, recebeu 178 trabalhos dos quais foram selecionados 20 semifinalistas, que concorrem em três modalidades, divididos por duas categorias: educador (gestores e docentes concorrendo individualmente) e IES (projetos inscritos pelas instituições). Ao todo, serão seis vencedores e o prêmio é de R$2 mil para cada trabalho. O evento que acontecerá em 20 de agosto como parte do seminário O Futuro do Ensino, é uma realização do Semesp em parceria com o Consórcio Sthem Brasil.

Leia: Ciência e pesquisa como instrumento de desenvolvimento do país

Os três semifinalistas da modalidade Gestão Pedagógica, pela categoria educador, são os projetos e programas cujas propostas de inovação passam pela iniciação científica, modulação de matriz curricular lato sensu e curso de libras como extensão, dos professores Dorival Marcos Milano, Geraldo Marco Rosa Junior e Luciana de Freitas Bica, respectivamente.

Implementação da iniciação científica nas IES

O trabalho do professor Dorival Milano, aborda o alcance e resultados do Congresso Nacional de Iniciação Científica (Conic) que acontece anualmente com o intuito de apoiar as instituições de ensino superior públicas e especialmente particulares, a implantarem e coordenarem programas de iniciação científica em suas bases, visto que muitas ainda não o fazem.

“É inovador porque não é mais projeto, mas sim um programa para mostrar que todas as IES que queiram ter um ensino de qualidade devem, também, implantar a pesquisa, em especial de iniciação científica”, Milano defende ainda que a pesquisa deve ser instigada já desde o fundamental, visto que por elas o país avança e colabora com melhor formação de pessoas. Segundo o professor, até 2020 participaram 15.600 docentes, 43.041 estudantes e 27.684 trabalhos elaborados e apresentados por eles.

Matrizes modulares para o perfil das novas gerações

O trabalho do professor Geraldo Junior é um recorte de seu planejamento para a pró-reitoria de iniciação científica e pesquisa do Centro Universitário Sagrado Coração (Unisagrado), quando ele assumiu o departamento, há um ano. Doutor na área da saúde, ele se diz muito interessado em estudar o perfil das novas gerações, o que em consonância com as práticas pedagógicas já praticadas na Europa, o ajudou a reformular por completo os currículos de todas as especializações lato sensu da instituição.

Para motivar o ingresso e permanência de jovens estudantes na pós-graduação, a solução implantada foi dar a opção deles construírem seus currículos por módulos. “A cada módulo ele é certificado e isso o incentiva a continuar” diz o pró-reitor. A recompensa a cada módulo completado, além de motivar, parece encurtar o tempo investido nos estudos, coisa que as novas gerações mais buscam”, observa.

“Se a instituição trabalha com uma matriz fechada, de curso completo, caso ela mude, o estudante que investiu um tempo nela, mas saiu, não consegue voltar de onde parou. Mas se é modulada, ele pede equivalência e não precisa mais cursar o que já estudou, apenas completará os módulos restantes para obter a especialização. É uma forma de atrair para essa formação, diminuir o tempo de estudo e aumentar a possibilidade de vender os cursos”, explica o semifinalista.

Libras como extensão: inovação para a inclusão

Começou como uma disciplina, evoluiu para curso de extensão e hoje já tem lugar no ambulatório-escola do Centro Universitário de Pato Branco (Unidep), no Paraná e dentro da Unimed. A professora e mestra Luciana Bica, lançou mão da gameficação para ensinar libras para os 308 alunos de medicina da Unidep em 2019. Os estudantes gostaram tanto que sugeriram um curso, mas para não ficar só dentro da instituição, virou uma extensão que já atendeu centenas de profissionais da saúde no município.

Com a colaboração do coordenador do curso de medicina, Wilson Campos, o ambulatório-escola, que oferece atendimento em saúde geral, hoje atende 8 a 10 pessoas surdas totalmente pela linguagem de sinais brasileira, o que para essas pessoas é um diferencial, inovação de verdade. Libras é uma matéria eletiva obrigatória em todos os cursos da área da saúde, mas a professora diz que na Unidep já virou cultura, super disputado. “É preciso ofertar acessibilidade, essas pessoas também querem estudar, não depender do INSS, se acomodar”, enfatiza Luciana Bica.

O trabalho com a linguagem de sinais tem forte apoio da Unidep, que foi reconhecida pelo Feneis (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos) e possibilitou à instituição trazer um importante programa de intercâmbio para os alunos de medicina, o IFMSA Brazil (Federação Internacional das Associações dos Estudantes de Medicina).

A lista completa dos semifinalistas você pode conferir aqui.

Leia também

Trevisan vira 100% digital e pode indicar caminhos

Faculdade com jeito de startup

Autor

Redação Ensino Superior


Leia Prêmio Gabriel Mario Rodrigues

Gestão pedagógica

Gestão pedagógica: IES que estão fazendo diferente

+ Mais Informações
inovação pedagógica

Incentivo na inovação pedagógica

+ Mais Informações

Mapa do Site