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União para o sucesso

Instituições já colhem bons frutos de inovações trazidas por consórcio e iniciam o ano com conferência TED-ed para compartilhar essas experiências por Fernando Oliveira Motivar o aluno a ser o protagonista do seu aprendizado. É com esse mote que o consórcio Sthem Brasil (iniciais em […]

Publicado em 24/02/2015

por Redação Ensino Superior

Instituições já colhem bons frutos de inovações trazidas por consórcio e iniciam o ano com conferência TED-ed para compartilhar essas experiências

por Fernando Oliveira

Motivar o aluno a ser o protagonista do seu aprendizado. É com esse mote que o consórcio Sthem Brasil (iniciais em inglês de ciências, tecnologia, humanidades, engenharia e matemática) começou a atuar no país em 2014, com a participação de 22 instituições de ensino superior, que se uniram em prol da melhoria da educação por meio da formação de professores. Em 2015, o consórcio já contabiliza a participação de outras sete instituições e inicia os trabalhos do ano com a realização de uma conferência TED-ed para a troca de experiências de ensino e aprendizagem.

Com o tema “Inovação acadêmica e metodologias ativas”, o evento segue a proposta de conferências da TED, organização sem fins lucrativos que promove palestras e encontros para compartilhar ideais e experiências. Voltado para a educação superior, o TED-ed será um espaço para difundir o trabalho realizado pelas instituições na área de novas metodologias de ensino e aprendizagem (veja quadro ao lado).

Em prol do ensino

Ao engajar o estudante em seu curso, é possível diminuir a evasão e, consequentemente, melhorar o resultado financeiro da instituição. A Faculdade de Educação de Bom Despacho (Faceb), em Minas Gerais, é um exemplo de instituição que já mostra resultados das iniciativas do consórcio Sthem Brasil. Como o MEC permite que até 20% da carga horária de um curso presencial seja feita na modalidade a distância, a instituição escolheu disciplinas para que seu conteúdo seja disponibilizado on-line. Segundo o diretor acadêmico Gustavo Hoffmann

para as disciplinas acima, o aluno não mais vai à aula para ouvir explicação da matéria, mas sim para encontrar soluções para os problemas propostos no ambiente virtual

de aprendizagem, em espaços pensados justamente para isso. “É proibido que o professor faça algum tipo de aula expositiva, pois essas salas foram arquitetonicamente e tecnologicamente configuradas para que não haja exposição”, explica.

Para Débora Guerra, diretora-geral da Faceb, mensurar resultados é uma estratégia essencial para o sucesso da implantação de uma nova metodologia. “Tudo o que temos feito na área acadêmica e testado com os alunos e professores, está muito embasado em indicadores, em metodologias de performance, para avaliarmos o quanto está sendo eficiente a mudança para a melhoria da qualidade de ensino.”

Já na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), a entrada no consórcio auxiliou a continuar mudanças que já estavam em andamento. “Assim que conhecemos a proposta do consórcio vimos que ele se adequava perfeitamente à nossa estratégia, que tem como foco central o desenvolvimento de metodologias ativas, o que envolve também uma discussão sobre currículo, infraestrutura, processos avaliativos e tecnologias educacionais”, afirma Jelson Oliveira, diretor de graduação da instituição.

Das mudanças implantadas, ele destaca o novo olhar lançado à figura do aluno. “É necessário resgatar o papel ativo do educando, que precisa deixar a sua situação burocrática de aluno passivo para assumir a sua condição política de estudante”, comenta. Segundo Jelson, o engajamento do corpo docente foi a primeira meta do trabalho feito a partir do consórcio e as inovações da PUC-PR encontram clima favorável para implementação em outras instituições.

A principal atividade do consórcio é justamente a capacitação de docentes universitários e surgiu de uma parceria das instituições de ensino brasileiras com a Laspau, uma organização afiliada à Universidade de Harvard que promove programas acadêmicos e profissionais voltados à educação nas Américas. O diferencial é o papel multiplicador que os professores que participam das formações possuem em suas instituições: eles têm o compromisso de multiplicar para outros docentes o que aprenderam.

Durante a formação, o papel tradicional do professor é colocado em xeque. “Ele não é mais o detentor do conhecimento, é ele que orienta, que acompanha e que instiga o aluno a buscar o conhecimento”, explica Fábio Reis, que faz parte da coordenação do Comitê Gestor do consórcio. Ele endossa que é preciso que as instituições de ensino entendam o perfil atual de aluno para que não fiquem para trás.

TED-ed Sthem Brasil
Objetivo: reunir professores e gestores para compartilhar as melhores práticas de inovação acadêmica em metodologias ativas de cada instituição de ensino que fez parte do consórcio durante seu primeiro ano de atividades. 

Quando: dia 27 de março de 2015.

Local: Centro Universitário Unítalo (Avenida João Dias, nº 2046, Santo Amaro, São Paulo – Capital).

Informações: www.sthembrasil.com

O evento é gratuito e não há necessidade de inscrição.

Papel multiplicador: depois das reuniões de formação, os professores assumem o compromisso de transmitir as inovações aprendidas para outros docentes de sua instituição

Papel multiplicador: depois das reuniões de formação, os professores assumem o compromisso de transmitir as inovações aprendidas para outros docentes de sua instituição

 

Autor

Redação Ensino Superior


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