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Agora jovem, Alice vira heroína de ação

A garota Alice, o Chapeleiro Maluco e os demais personagens da subterrânea "Wonderland" (País das Maravilhas, nas traduções em português) foram criados pelo inglês Lewis Carroll (1832-1898) a partir do desafio lúdico de contar histórias para três irmãs. Uma delas, Alice Pleasance Liddell, na ocasião […]

Publicado em 10/09/2011

por Sérgio Rizzo

  • A garota Alice, o Chapeleiro Maluco e os demais personagens da subterrânea "Wonderland" (País das Maravilhas, nas traduções em português) foram criados pelo inglês Lewis Carroll (1832-1898) a partir do desafio lúdico de contar histórias para três irmãs. Uma delas, Alice Pleasance Liddell, na ocasião com 10 anos, teria sido a inspiração para a protagonista.
  •  

  • Em forma de livro, Alice no País das Maravilhas foi publicado em 1865. Sete anos depois, veio a continuação, batizada em português de Alice no País do Espelho. Essa obra do século 19 continua a repercutir com intensidade no século 21, e ainda não perdeu a capacidade de gerar novas leituras e adaptações, inclusive no coração da indústria cultural.
  • É o caso de Alice no País das Maravilhas (EUA, 2010, 109 min, disponível apenas para locação), a versão cinematográfica produzida pelo grupo Disney e dirigida por Tim Burton (Edward mãos-de-tesoura, A lenda do cavaleiro sem cabeça) como tentativa de revitalizar o universo de Carroll, tanto no aspecto criativo quanto no econômico – que, aliás, costumam andar juntos no cinema.
  •  Sem deixar-se intimidar pelo original, Burton orquestrou bem-sucedida operação de rejuvenescimento – o filme tornou-se a quinta maior bilheteria da história, com arrecadação mundial superior a US$ 1 bilhão – que se escorou na mudança de idade da protagonista. Interpretada por Mia Wasikowska, ela agora tem 19 anos e está às voltas com uma perspectiva de mudança, gerada por um pedido de casamento.
  • Para ver (e discutir) "Avatar", que vem aí outra vez

  •  Em Avatar (EUA, 2009, 162 min, R$ 39,90 em DVD e R$ 79,90 em Blu-ray), que se transformou na maior bilheteria da história do cinema, a realidade é contrastada com as florestas coloridas do planeta Pandora – e muitos espectadores provavelmente prefeririam, se lhes fosse dada a opção, viver, ainda que virtualmente, na segunda. Os professores Erick Felinto e Ivana Bentes analisam a produção de James Cameron nos ensaios reunidos em Avatar – O futuro do cinema e a ecologia das imagens digitais (Sulina, 119 págs., R$ 25).

  • Escritos no calor do debate sobre o filme e suas reverberações, os textos "se defrontam, a partir de perspectivas e olhares diversos, com a sedução dos novos prazeres digitais e dos mundos cibernéticos", e têm o objetivo, como destaca a apresentação, de "oferecer sugestões criativas e enriquecedoras para lidar com o presente". Para os autores, fenômenos como o filme de Cameron (também produtor e diretor de Titanic) têm "muito a nos dizer a respeito dos futuros que escolhemos para trilhar".

  • Professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Felinto escreve sobre "o tecnomisticismo e as contradições de Hollywood" a partir da sua experiência em assistir à estreia do filme em Nashville, nos EUA, em 25 de dezembro de 2009. Bentes, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, trata de "antropologia reversa, ciberíndios e pós-cinema", e rebate a ideia de que o filme trabalhe apenas sobre clichês.

  • Avatar tem relançamento nos cinemas do Brasil previsto para 15 de outubro, também em tecnologia 3D e em salas Imax. A cópia exibida será uma "edição especial", com nove minutos de acréscimos à versão original – que, em todo o mundo, teve bilheteria de US$ 2,76 bilhões, sem contabilizar as vendas em DVD, Blu-Ray e para exibições em canais pagos e abertos de TV.
FILMOTECA
Personagem de Carroll adquire muitas faces
  • Diversas edições da obra de Lewis Carroll foram publicadas no Brasil. A Jorge Zahar, por exemplo, mantém em catálogo uma versão de bolso (320 págs., R$ 19,90), com os dois livros ilustrados por John Tenniel e traduzidos por Maria Luiza Borges, e também uma edição integral comentada por
    Martin Gardner
    (328 págs., R$ 79,90).

  • No cinema, a personagem deu origem a dezenas de adaptações, a primeira das quais registrada em curta-metragem silencioso de 1903. O grupo Disney, que produziu a versão dirigida por Tim Burton, já havia lançado uma adaptação em desenho animado, também batizada de Alice no País das Maravilhas (EUA, 1951, 75 min, R$ 21,90), que suaviza os traços mais perturbadores
    da história.
  • Entre as demais versões disponíveis no Brasil, figuram os britânicos Alice in Wonderland (1966, 72 min, R$ 42,90), produzido pela rede BBC e dirigido por Jonathan Miller, e Alice Adventures in Wonderland (1972,
    95 min, R$ 39,90), dirigido em forma de musical por William Sterling
    além do tcheco Alice (1988,
    84 min, R$ 39,90), realizado pelo animador Jan Svankmajer.

FILMOTECA
  • Amelia
Hilary Swank (Menina de ouro) interpreta a norte-americana Amelia Earhart (1897-1937), pioneira da aviação, em cinebiografia sobre seus anos mais produtivos.
(EUA/Canadá, 2009, 111 min, disponível apenas para locação)
  • Cidadão Boilesen
Documentário investiga as ligações entre empresários e militares na Operação Bandeirante por meio da trajetória de Henning Boilesen (1916-1971).
(Brasil, 2010, 92 min, disponível apenas

para locação)

  • Criação
Reconstituição dos dilemas vividos pelo naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882) e por sua mulher depois da publicação de A origem das espécies.
(Inglaterra, 2009, 104 min, disponível apenas para locação)
  • Paula – História
    de uma Subversiva
Drama realizado sob o impacto da Lei da Anistia, sobre um ex-líder estudantil que, para salvar a filha, recorre ao delegado que lhe torturou a namorada.
(Brasil, 1979, 93 min, R$ 24,90)

Autor

Sérgio Rizzo


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