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Comunidade Vigiada

Instituições de ensino implantam sistemas sofisticados que garantem a integridade de suas informações, controlam os alunos e evitam perigos internos e externos

Publicado em 10/09/2011

por Revista Educação

Sorria, você está sendo filmado. Apesar do desenvolvimento tecnológico e da necessidade cada vez mais premente de ter um plano de segurança, as instituições de ensino brasileiras ainda utilizam os mesmos sistemas que já se popularizaram em empresas e condomínios, alguns mais e outros menos avançados, dependendo do investimento que cada uma pode ou deseja fazer. Na prática, o que mais se encontra em escolas de grande e pequeno portes são câmeras de vídeo, em sua maioria analógicas, e catracas eletrônicas. De acordo com as empresas especializadas, ainda são muito poucas, mesmo nas grandes capitais, as instituições que adotam circuito fechado de tevê (CFTV) com sistema digital, que, assim, promete ser a grande vedete da segurança nas escolas nos próximos anos.

“O sistema digital permite que, via internet, de qualquer ponto, pessoas autorizadas possam visualizar o que está acontecendo nos locais onde as câmeras estão instaladas”, explica Vanessa Volpi, da AMF Segurança, empresa especializada em CFTV. Segundo Katia Cotait, proprietária da e-Network (SP), em geral as câmeras se encontram em locais de maior circulação, como entrada, estacionamento, pátios, cantinas, corredores e “alguns cantos problemáticos”, como define Katia, referindo-se a pontos mais escondidos que, apesar de não serem de passagem, requerem monitoramento.

Entre as usuárias do CFTV digital, as escolas de pequeno e médio portes dispõem dessas imagens não apenas para uso interno, mas também para os pais que desejam monitorar seus filhos a distância. Embora se trate de uma situação mais comum em pré-escolas e berçários, o recurso pode ser usado com finalidades mais interessantes que simplesmente a de dar uma olhadinha nas crianças. “Os pais que não conseguem sair do trabalho podem acompanhar a distância um jogo do filho, por exemplo”, vislumbra a proprietária da e-Network. Neste caso, basta combinar o CFTV digital com conexão por banda larga. “A tendência do uso de canais digitais com acesso pela internet é crescente”, continua a empresária.

Para quem pensa em ética e na própria privacidade das crianças e professores, Vanessa, da AMF, esclarece que há um tempo de monitoração permitido – coisa de um minuto, no máximo – e que o sistema não emite som, só imagem. Assim, nenhum familiar pode passar o dia grudado no micro para saber o que o aluno está fazendo na escola, tampouco assistir às aulas com a criança. “Isso seria ilegal”, sublinha Vanessa. Dada a delicadeza dessas questões, a AMF sempre orienta que as instituições deixem bem claro para pais, alunos e professores/ funcionários o objetivo da instalação de um sistema como esse e, sobretudo, os limites da utilização de tal aparato.


À prova de fraude

Outra novidade que desponta nesse cenário é o uso de controles de acesso, para os quais Katia prevê um boom nos próximos dois anos. O sistema se baseia em catracas, torniquetes ou cancelas com identificador, nos quais, uma vez passado o cartão, registra-se o acesso e/ou a presença do aluno. O interessante desse mecanismo, no entender da proprietária da e-Network, é que, com ele, os bedéis ficam liberados para o atendimento aos alunos – até porque, ela diz, esses funcionários olham, mas não registram quem entrou -, melhorando, assim, a prestação de serviço da escola.

Para que o controle de freqüência às aulas fosse feito pelo mesmo sistema, seria preciso que houvesse uma catraca na sala de aula, o que poderia  parecer estranho. Katia comenta que, para tal finalidade, a biometria de dedo ou da íris parece bem mais adequada, tanto pela facilidade quanto pelo custo, hoje mais acessível. Por essa tecnologia, o aluno coloca o dedo ou o olho no aparelho e sua presença é automaticamente registrada – ninguém pode substituí-lo, como ocorre com outros sistemas, mesmo com os tradicionais.


Futuro próximo

Para Guilherme Otero, diretor de marketing da Siemens Building Technologies, empresa de sistemas de segurança do grupo da multinacional alemã, essa novidade deverá substituir até mesmo o controle de acesso com cartão. “Entendo que a biometria será muito utilizada em um futuro próximo pela rapidez de leitura que proporciona, muito maior do que a dos cartões magnéticos”, sustenta. Na concepção do executivo, as instituições de ensino que contam com um número muito grande de alunos certamente se beneficiarão diretamente com o emprego dessa tecnologia, que evita, por exemplo, a formação de grandes filas nos horários de entrada de estudantes.

Além de prever o sistema em funcionamento na sala de aula, para o registro da presença, Otero também acredita que a biometria será o meio escolhido pelas instituições – já bastante interessadas nessa novidade, segundo ele – para restringir ou permitir o acesso de alunos e funcionários a locais diversos do prédio, como a secretaria da instituição, os laboratórios e as salas de informática, entre outros. “Com o sistema biométrico de identificação, não é possível burlar o acesso a um prédio ou a uma única sala, como ocorre no caso de outros gêneros de registro”, garante.

Autor

Revista Educação


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