Organizações estão notando a importância da inclusão de perfis diversificados. Autista e disléxico, por exemplo, costumam ser bons em resolver problemas lógicos
Empresas apostam na neurodiversidade para crescerem
Os melhores gestores sabem da importância da diversidade em suas organizações. Pessoas com idades, formações, culturas, ideias e habilidades distintas se completam e impulsionam o crescimento de uma empresa.
Por neurodiversidade entende-se a concepção de que distúrbios neurológicos, como o TDHA e o autismo, são resultado de variações naturais da genética humana. Pessoas com essas características não precisam ser “curadas” (em muitos casos, é impossível), mas aceitas e incluídas social e profissionalmente.

As habilidades para o mercado de trabalho vão além do “padrão social (foto: Shutterstock)
Barradas na seleção
Algumas pessoas consideradas disléxicas ou que se enquadram no espectro do autismo possuem habilidades muito acima da média em matemática, resolução de problemas lógicos (e logísticos), memória, capacidade de organização e reconhecimento de padrões.
No entanto, por possuírem pouco traquejo social e de comunicação, essas pessoas são barradas em processos de seleção tradicional. Assim, grandes empresas, como a Microsoft, Ford e IBM reformularam seus processos de seleção para ter acesso aos talentos neurodiversos. JPMorgan Chase, UBS, Hewlett Packard e SAP são outros exemplos.
A SAP, inclusive, divulgou seus ganhos com a iniciativa: aumento da produtividade, das capacidades inovadoras e do envolvimento dos funcionários. E talvez o melhor benefício esteja no estímulo aos gestores a impulsionarem talentos entre todos os funcionários, não apenas entre os neurodiversos.
A inclusão “nos força a conhecer as pessoas melhor, e assim você aprende a lidar com elas”, disse Silvio Bessa, vice-presidente sênior de negócios digitais da SAP, à Harvard Business Review.
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