Pesquisa com quase 2 mil docentes da disciplina revela temas e métodos de ensino preferidos para cursos de especialização
Formação continuada em matemática
Uma pesquisa realizada com 1.838 professores da educação básica que lecionam matemática mostrou que, nos últimos dois anos, 56% deles buscaram formação continuada na disciplina. Dentre os que não fizeram, 85% afirmaram que gostariam de ter feito. O valor dos cursos é o que mais impede a continuidade dos estudos (39%), seguido pela falta de tempo (34%). Esses dados estão na pesquisa Eu ensino matemática: a formação continuada que quero, realizada pela Mathema, instituição que desenvolve métodos pedagógicos para o ensino da disciplina, e a Rede Conhecimento Social, ligada ao Instituto Paulo Montenegro.
Os docentes entrevistados também apontaram o que gostariam de estudar nos programas de especialização e pós-graduação. Questionados sobre conteúdos específicos de interesse, 70% disseram ser muito importante conhecer as contribuições da neurociência para o ensino e a aprendizagem da disciplina.
Na seara de métodos e recursos, o que mais os educadores querem aprender são práticas diferentes de ensino e maneiras de trabalhar a matemática de maneira inter e transdisciplinar. Os entrevistados também responderam como querem estudar. Os cursos presenciais são a preferência de 43%, enquanto os semipresenciais foram escolhidos por 33%. As formações on-line ficaram com 23% de participação.
Quanto à duração dos cursos, 44% dos docentes disseram preferir os programas de longa duração (mais de 30 horas). Os de média duração (9h a 30h) ficaram com 40%, e os de curta duração (3h a 8h) com 15%.