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Negócio de um milhão de alunos

Com perfis semelhantes, voltados para a inclusão de jovens de baixa renda no ensino superior, Kroton e Anhanguera querem crescer juntas Luciene Leszczynski, editora A fusão dos grupos educacionais Kroton e Anhanguera, anunciada no final de abril, vai criar a maior companhia de educação do […]

Publicado em 29/05/2013

por Redação Ensino Superior

Com perfis semelhantes, voltados para a inclusão de jovens de baixa renda no ensino superior, Kroton e Anhanguera querem crescer juntas

Luciene Leszczynski, editora

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A fusão dos grupos educacionais Kroton e Anhanguera, anunciada no final de abril, vai criar a maior companhia de educação do mundo. O negócio ainda deve passar pelo crivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que pode levar até cerca de um ano para analisar a associação, mas já movimenta o mercado. Juntas, as duas companhias são avaliadas em cerca de R$ 12 bilhões. A superins­tituição universitária teria um milhão de alunos, 123 campi de ensino presencial, 647 polos de ensino a distância e unidades em 80 cidades do país com mais de dois mil cursos de graduação, mestrado e doutorado.

Mas, apesar de a amplitude do negócio alcançar repercussão mundial, a ideia é mesmo manter o foco no crescimento brasileiro do ensino superior. Para isso as instituições contam com uma ajudinha do governo por meio do programa de financiamento estudantil (Fies), que subsidia o pagamento da mensalidade para alunos de baixa renda, o principal público-alvo dos grupos educacionais.

O governo é um dos principais interessados na ampliação do acesso ao ensino superior para cumprir a meta prevista no Plano Nacional de Educação e tem apostado no Fies para isso, estimulando a ampliação do crédito. Em um ano o número de contratos firmados teve um aumento de 140%. De acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Educação, em 2012, foram 368 mil novos financiamentos, contra 153 mil em 2011. E esse número não deve parar de crescer. Mais recentemente, o governo anunciou um crédito extraordinário de R$ 1,6 bilhão para o fundo de financiamento estudantil.

Em entrevista coletiva durante o anúncio da fusão, Rodrigo Galindo, CEO da Kroton e futuro diretor-presidente da nova companhia, confirmou a intenção da parceria. “Nós somos o maior parceiro do MEC, com 120 mil alunos do Fies nas duas instituições combinadas”, disse. De acordo com ele, a ideia seria ampliar ainda mais o percentual de alunos inscritos no programa. Hoje, o Fies responde por 20% dos alunos da Anhanguera nos cursos presenciais, enquanto que na Kroton o crédito atinge 45% dos estudantes.

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Redação Ensino Superior


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