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Arte e Cultura

O que leu a autora de Harry Potter?

Influência de J.K. Rowling, Edith Nesbit tem obra traduzida para o português

Publicado em 02/07/2013

por Camila Ploennes

Um panorama da história da literatura infantil é o que se propõe a fazer o professor de literatura Seth Lerer, da Universidade da Califórnia, San Diego, em seu livro Children’s literature: a reader’s history, from Aesop to Harry Potter (Literatura infantil: uma história do leitor, de Esopo a Harry Potter). O título, por si só, é instigante. “Quer dizer que a literatura para crianças começou na Grécia Antiga com as fábulas de Esopo?”, pode questionar o leitor diante da capa. Alguém bem mais jovem, aficionado pela saga mais bem-sucedida da inglesa J. K. Rowling, talvez tenha curiosidade em saber quais são as referências da autora de Harry Potter.

O que há entre os dois, passando pelos clássicos de Hans Christian Andersen (A roupa nova do imperador), Lewis Carroll (Alice no país das maravilhas), J. M. Barrie (Peter Pan), é uma extensa lista. E ela inclui a inglesa Edith Nesbit (1858-1924), influência para J. K. Rowling e autora de obras que também viraram filme, como The railway children (As crianças da estrada de ferro), título adaptado para o cinema inglês em 1970 e traduzido no Brasil para Quando o coração bate mais forte.
Da escritora e poetisa inglesa, a editora Autêntica traz ao público brasileiro O castelo encantado, de 1907. Naquela época, meninos e meninas estudavam em escolas diferentes, mais precisamente em internatos, o que ajuda a entender o quão especiais eram as férias para os irmãos Jerry, Jimmy e Kathleen – o trio de protagonistas da história: eles só podiam voltar para casa juntos nesse período.

A narrativa começa, no entanto, com uma mudança de percurso. Os três acabam precisando passar as férias na escola de Kathleen, “de onde todas as meninas já tinham partido” e onde só restava uma professora francesa, que também era governanta. A narrativa de E. Nesbit combina elementos mágicos e situações cotidianas, nas quais as crianças avaliam sua conduta e refletem sobre suas atitudes.

Gerald é o irmão que fala “com honestidade” aos adultos, de modo a convencê-los sobre alguma coisa. E é persuadindo a governanta a deixar as crianças brincarem no bosque que a aventura começa.

Uma trilha os leva ao labirinto onde encontram uma princesa. Os três duvidam do que ela fala sobre os encantamentos do castelo, que incluem um anel (não uma capa) de invisibilidade, motor de uma série de acontecimentos mágicos.

O mundo movido a equações
Qual foi a consequência da distribuição normal para o mundo? “O conceito de ‘homem médio’, testes de significância de resultados experimentais, e uma infeliz tendência de assumir a curva do sino como se nada mais existisse”. É com humor que o conhecido matemático Ian Stewart explica quais são os usos dos padrões de probabilidade em 17 equações que mudaram o mundo.

O novo trabalho do professor emérito da Universidade de Warwick, na Inglaterra, conta as histórias de 17 equações de maneira a torná-las fascinantes até mesmo para aqueles com fobia de números. Isso porque seu foco é apresentar o surgimento dos teoremas e a evolução de sua aplicação na vida das pessoas, mais do que propor ou ensinar a resolver problemas matemáticos.

Quem se aventurar sairá da experiência sabendo, por exemplo, por que o xadrez é um jogo que “depende de uma boa memória para posições e jogadas padronizadas, e um senso intuitivo de como corre a partida de forma geral” enquanto nos jogos de azar o jogador “está sujeito aos caprichos da Dona Sorte”.

O teorema de Pitágoras, os logaritmos, a lei da gravitação de Newton, a fórmula de Euler para poliedros, os padrões de probabilidade, as teorias do caos e da relatividade e a fórmula de Midas, que teve como consequências “o crescimento maciço do setor financeiro”, “a crise financeira de 2008-09 e o atoleiro econômico atual”, estão entre as 17, mas não necessariamente únicas, equações que movem os humanos.

Autor

Camila Ploennes


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