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NOTÍCIA
Pesquisa resultou em um trabalho de história oral e ajudou a melhorar a integração da escola com a comunidade
Publicado em 07/10/2014
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João e seus alunos saem em busca da história dos escravos na região |
Professor de história na cidade de Leopoldina (MG), João Paulo Pereira de Araújo desenvolveu no ano passado um projeto de pesquisa sobre escravidão no qual os alunos saíram a campo para ouvir a comunidade local e puderam finalmente entender sua vida frente aos acontecimentos históricos, conectando a história global e a local. “No início do ano fiz uma avaliação diagnóstica e percebi que eles não reconheciam como o fato de ter havido uma grande população escrava aqui no passado influenciava as formas de ser do lugar, onde há muita prática de capoeira, muito samba, uma festa importante em 13 de maio.Eles tinham imagens estereotipadas da escravidão, não viam nenhuma herança dela”, relata. O primeiro passo foi orientar pesquisas em documentos. Em seguida, partiram a campo. “A comunidade tem saberes e a escola precisa deles. Uma das nossas principais entrevistas foi com um senhora de 102 anos, filha de escravos. Ela faleceu em agosto deste ano e, de certa forma, sua memória pôde ser preservada.”
Além do envolvimento dos alunos, João conta ter se surpreendido com o envolvimento das famílias. “Os pais de alunos vinham me procurar na saída para discutir o tema, as famílias iam junto para acompanhar as entrevistas”, conta. João, que nasceu e tem raízes na comunidade onde fica a escola, acredita ser essencial o professor conhecer a realidade de seus alunos para entender o que eles desejam aprender. “Escola e comunidade são uma coisa só. A proximidade entre elas é fundamental para transformar a educação.”
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*Reportagem publicada originalmente na edição 210 de Educação, com o título “Profissão: transformar”