NOTÍCIA
Grupo de alunos e professores que tomaram consciência de suas afinidades se saiu melhor
Publicado em 16/12/2014
A noção de que a qualidade do relacionamento entre professores e alunos interfere no desempenho de ambos na escola faz parte do senso comum. Mas Hunter Gehlbach, professor e pesquisador da Faculdade de Educação de Harvard, decidiu comprovar a relação entre os fatores por meio um estudo feito com 315 estudantes do 9º ano e 25 educadores. Realizado em 2013, o experimento começou com a aplicação de um questionário geral sobre gostos, características e interesses pessoais a fim de identificar afinidades entre alunos e docentes. Depois de compiladas as respostas, o resultado foi comunicado da seguinte forma: grupo 1 – apenas os estudantes foram informados de que tinham gostos e características semelhantes aos de seus professores; grupo 2 – apenas os professores tiveram esse retorno; grupo 3 – professores e alunos receberam o feedback; grupo 4 – nenhum dos dois foi informado dos resultados. Cinco semanas depois, os pesquisadores voltaram à escola e aplicaram uma nova enquete, dessa vez mais aprofundada para medir a percepção de cada um a respeito do relacionamento em sala de aula. Os resultados mostraram que o grupo de alunos e professores que tomaram consciência de suas afinidades apresentou desempenho acadêmico melhor (no caso dos estudantes) e maior satisfação com a convivência diária em relação aos demais. Satisfeitos com os resultados, Gehlbach e sua equipe de pesquisadores concluíram que a interação entre educandos e educadores é um aspecto que precisa receber mais atenção e que deveriam ser empreendidas com mais frequência ações para os dois grupos se conhecerem melhor.