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NOTÍCIA
Publicação reúne trechos de obras de Copérnico, Da Vinci, Galileu e outros expoentes da Revolução Científica
Publicado em 01/04/2016
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A descrição de terras então recém-descobertas por Américo Vespúcio, em 1502, e a defesa do sistema heliocêntrico por Copérnico, em 1543, são alguns dos marcos iniciais do período que ficou conhecido como Revolução Científica. Com abrangência de quase dois séculos, essa era é marcada por profundas transformações na forma de conceber o conhecimento e, de forma geral, o mundo. Tanto é verdade que, juntamente com a Reforma Protestante e com a emergência do humanismo renascentista, as concepções formuladas nessa época desencadearam outro importante período, a Modernidade.
Pensando em introduzir os estudantes nesse momento histórico, o autor Danilo Marcondes, professor titular do departamento de filosofia da PUC-Rio, produziu uma antologia de trechos de obras representativas dos séculos 16 e 17, entre os quais Sobre a revolução dos orbes celestes, de Copérnico, Epítome da astronomia copernicana, de Kepler, e Discurso do método, de Descartes. Eles foram reunidos em Textos básicos de filosofia e a história das ciências, que tem como proposta oferecer aos jovens a oportunidade de lidar diretamente com as obras (ainda que excertos delas), em vez de apenas “ouvir falar” ou “ler sobre”.
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Ampliando a interpretação da Revolução Científica para outros campos, Marcondes incluiu autores que não se dedicaram diretamente à ciência natural, mas trataram, de certa forma, das consequências das descobertas em curso. É o caso de Montaigne, considerado um dos mais importantes e originais pensadores franceses do século 16. Em Apologia, escrito por volta de 1576, o filósofo inicia uma discussão bastante original para a época, como assinala o autor. Com referências à descoberta do Novo Mundo e às teorias de Copérnico, Montaigne questiona os limites do conhecimento ao indagar se a nova visão do cosmo também não poderia ser ultrapassada no futuro com o surgimento de novas teorias, argumento que fez do pensador um percursor do relativismo histórico.
O livro se encerra com o capítulo dedicado a Newton, cuja principal obra, Princípios matemáticos de filosofia natural, costura as diferentes teorias da Revolução Científica. “É a lei da gravitação universal, formulada por Newton, que fornecerá finalmente a explicação do que fora até então o grande enigma, o movimento dos corpos celestes, em uma formulação que se tornou conhecida como ”mecânica celeste””, escreve Marcondes. Assim como nos demais capítulos, este também é arrematado com sugestões de temas para discussão em sala de aula e uma pequena lista de leituras complementares. O livro integra a coleção didática Textos básicos, composta por títulos sobre filosofia, ética, linguagem, sociologia e filosofia do direito.