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NOTÍCIA

Edição 230

Falta de bibliotecas tem relação direta com desigualdade econômica

Publicado em 20/07/2016

por Marta Avancini

O mapa da distribuição das bibliotecas escolares no Brasil tende a seguir o mapa das desigualdades socioeconômicas. Ou seja, com algumas exceções, nas regiões mais pobres do país a oferta desses equipamentos tende a ser menor do que nas mais ricas.

Considerando a rede municipal, a menor proporção de escolas municipais com biblioteca escolar está no Acre (7% do total de escolas municipais) e no Maranhão (8%). Em contrapartida, em Roraima, 66% das escolas municipais têm biblioteca. Na sequência estão, Paraná e Santa Catarina, ambos com uma cobertura de 58% da rede municipal.

Nas redes estaduais, a menor oferta de bibliotecas escolares foi verificada em São Paulo (7%), no Acre (32%), Distrito Federal (34%) e Maranhão (39%). As maiores taxas no sistema estadual foram mensuradas em Roraima (88%) e Santa Catarina (86%).

A análise por dependência administrativa indica uma forte discrepância entre a rede municipal e a rede privada, pois a proporção de bibliotecas nas redes municipais mais bem servidas equivale às menores taxas verificadas no sistema privado: neste sistema, as menores proporções de oferta de bibliotecas ocorrem em São Paulo (56%) e Pará (57%) – semelhantes às verificadas à maior oferta na rede municipal. Ou seja, São Paulo e Roraima são pontos fora da curva.

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A desigualdade também influencia as taxas de alfabetismo no país. Os resultados do Inaf 2016 indicam que entre aqueles que possuem no máximo quatro anos de escolaridade, 68% são analfabetos funcionais; destes: 49% atingem o nível rudimentar de alfabetismo. Considerado o universo daqueles que chegaram ou concluíram a educação superior, só 22% são plenamente alfabetizados. Chama a atenção que entre os plenamente proficientes, a elevada proporção de pessoas que permanecem nos níveis elementar (32%) e intermediário (42%).

O Inaf se baseia na análise de práticas letradas em diferentes espaços sociais e, partir da edição de 2016, está adotando cinco categorias para classificar os leitores: analfabeto, alfabetizados rudimentares, elementares, intermediários e proficientes.

O recorte por renda também é revelador quanto ao nexo entre analfabetismo e desigualdade, enfatiza Luiz Percival Leme Britto, da Ufopa. Na faixa de renda de 1 salário mínimo, 53% são analfabetos funcionais e 1% são proficientes. Em contrapartida, entre aqueles que possuem renda igual ou maior do que 5 salários mínimos, 13% são analfabetos funcionais e 19% são proficientes.

“Essas pessoas não são e não poderão ser leitoras. Quem não é capaz de processar o discurso da escrita não é leitor”, argumenta Britto.

Em contrapartida, na visão dele, em qualquer país o grupo de leitores proficientes é uma minoria, já que o uso que uma pessoa faz da leitura perpassa um componente indivi­dual, como o tipo de atividade profissional, atrajetória de vida etc.

Autor

Marta Avancini


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