Revista Ensino Superior | Escritor Knausgard narra sua experiência como professor - Revista Ensino Superior
Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Bem, cookies para exibir.

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Bem, cookies para exibir.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Bem, cookies para exibir.

NOTÍCIA

Arte e Cultura

Escritor Knausgard narra sua experiência como professor

Obra ficcional autobiográfica relembra Noruega dos anos 80

Publicado em 14/12/2016

por Rubem Barros

x © Shutterstock||Uma temporada no escuro – Minha luta 4, de Karl Ove Knausgård, Tradução: Guilherme da Silva Braga, Companhia das Letras,

© Shutterstock

© Shutterstock

Imagine alguém que nunca deu aulas na vida. Tem 18 anos e acabou de se formar no ensino médio. Depois de passar por um teste de conhecimentos, sai de sua cidade, no extremo Sul da Noruega, com destino a um pequeno vilarejo de pescadores no extremo Norte, uma região em que a escuridão toma de assalto os meses de inverno.

Nesse vilarejo, chamado Hafjord, Karl Ove Knausgård, autor e narrador da saga ficcional autobiográfica Minha luta, vive pela primeira vez longe de sua família – os pais recém-separados e o irmão mais velho. Esse é o mote de Uma temporada no escuro, quarto volume da série.
O pequeno Karl Ove foi um aluno brilhante, ainda que excessivamente inseguro e sequioso por reconhecimento. Isso até que a rebeldia da juventude batesse à sua porta. Os anos de bom estudante garantiram a seleção como professor, mas a inquietação adolescente o faz flutuar entre os exageros com a bebida, a permanente sensação de insucesso com as garotas e um comportamento muitas vezes agressivo.

É assim que ele terá de lidar com crianças dos 9 aos 17 anos, para ensinar-lhes disciplinas variadas, como norueguês, matemática, história, ciências. O preparo é praticamente nenhum além daquilo que absorveu como estudante.

Uma temporada no escuro – Minha luta 4, de Karl Ove Knausgård, Tradução: Guilherme da Silva Braga, Companhia das Letras, 496 páginas, R$ 59,90 (edição impressa), R$ 39,90 (e-book).

Uma temporada no escuro – Minha luta 4, de Karl Ove Knausgård, Tradução: Guilherme da Silva Braga, Companhia das Letras,
496 páginas, R$ 59,90 (edição impressa), R$ 39,90 (e-book).

A bênção para sua inexperiência é que as classes são pequenas, com no máximo sete alunos. Mas, mesmo assim, alguns deles têm praticamente a mesma idade do professor, e irão testá-lo e provocá-lo o quanto puderem. Ou, no caso de algumas de suas alunas, sonhar em seduzi-lo.
Na Noruega dos anos 80, essas pequenas vilas do Norte estão já habituadas aos jovens que vêm do Sul para curtas temporadas antes de definirem o que realmente querem fazer de suas vidas. Os próprios jovens do lugar sabem que, se quiserem algo mais do que pescar e embriagar-se nas festas locais, terão de rumar para cidades maiores, onde possam continuar estudando e vislumbrar algo mais promissor.

Karl Ove já sabe que só ficará ali durante um ano – caso consiga resistir. Ele quer aproveitar a calma do lugar para escrever seus primeiros contos. Para isso, usa o combustível da bebida e dos discos sobre os quais até pouco tempo atrás escrevia no jornal da cidade onde morava. E busca ansiosamente dar início à sua vida sexual, sem saber ao certo se isso já aconteceu ou não.
Fruto de um jorro narrativo sobre suas memórias, escritas ainda antes dos 50 anos, a obra de Knausgård consegue traduzir, a um só tempo, as angústias do escritor que olha para o passado e dos vários Karl Ove revisitados pela escrita. Permeada por fluxos e refluxos narrativos, idas e vindas que deixam temas em aberto como se estivessem sempre à espreita de um retorno, Minha luta mostra um sujeito ainda em construção. E esse processo em aberto talvez seja um de seus maiores chamarizes.

Autor

Rubem Barros


Leia Arte e Cultura

chef's tablex

Banquete para os olhos

+ Mais Informações
shutterstock_223147369

Bibliorias e livrotecas

+ Mais Informações
Capa resenha

Obra introduz autores e grandes questões de filosofia da linguagem

+ Mais Informações
indigena3

Daniel Munduruku resgata histórias de etnias indígenas brasileiras

+ Mais Informações

Mapa do Site

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.