NOTÍCIA
Publicado em 17/04/2017
Ao nascer, Roberta Bento recebeu o diagnóstico de paralisia cerebral – e os médicos alertaram que teria dificuldade de aprendizado. Mas a menina sempre esteve entre as melhores da classe e chegou até a pós-graduação. Hoje, ao lado de sua filha, trabalha para mostrar a pais, estudantes e professores novas formas de estimular o aprendizado para todos.
Roberta e Tais Bento, mãe e filha, mantêm o site Socorro, meu filho não estuda, em que falam sobretudo para as famílias. Mas também dão cursos e palestras para professores com o intuito de mostrar como conhecimentos da neurociência cognitiva podem ser aplicados na prática da sala de aula.
Na Bett Educar, o foco das educadoras será na fase da alfabetização. “A alfabetização é a base. Se a criança for para frente com falhas, cada professor vai achar que está com dificuldade na sua disciplina, que precisa de reforço em certos assuntos”, explica Roberta. A alfabetização é um dos 28 temas do Congresso este ano; outros especialistas no assunto vão tratar de práticas e métodos exitosos, totalizando com conjunto de quatro palestras a respeito da alfabetização.
Além de conhecimentos técnicos, a fala de Roberta será uma oportunidade para os professores tomarem consciência do impacto positivo que podem ter na vida dos estudantes. “Na época em que entrei na escola, nem se falava em inclusão. Mas fui recebida de uma forma acolhedora, nunca fui deixada de lado por ser considerada incapaz, e tudo isso me ajudou. Meu cérebro foi capaz de se recompor para “desviar” das áreas afetadas”, conta. Assim, com expectativas adequadas e ambiente tranquilo, qualquer criança é capaz de aprender.