NOTÍCIA
Ela fala em união e trabalho para fortalecer a representação do setor privado
Publicado em 16/10/2025
Nova presidente da Confenen enxerga oportunidade de desenvolvimento e de expansão no setor (foto: arquivo/ES)
Elizabeth Guedes foi eleita presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, a Confenen. Membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), Beth se prepara para assumir o novo cargo no dia 22 de novembro e defende a união como caminho para o fortalecimento do setor privado.
A presidente reconhece que a educação brasileira vive hoje uma série de desafios. Na educação básica, cita a formação de professores. “Nossos cursos de licenciatura precisam sofrer uma forte alteração”, afirma. “Com a Prova Nacional Docente, o Enamed e as mudanças no sistema de educação superior, temos muitos desafios e também muitas oportunidades. Há oportunidade de desenvolvimento e de expansão.”
Nomeada para a Câmara de Educação Superior do CNE em novembro de 2022, Elizabeth conta que uma comissão será formada no Conselho para tratar do marco regulatório de EAD no contexto das pequenas instituições de ensino. Primeira mulher a assumir a presidência da Associação Nacional de Universidades Particulares (Anup), Elizabeth volta a fazer história como a primeira mulher a assumir esta posição nos 81 anos da Confenen.
Em conversa com a Ensino Superior, destaca a necessidade de se abrir mais portas para as mulheres e crava que a marca de sua gestão será a união do setor. “O setor está rachado em uma briga que já dura 35 anos. Vamos nos unir e trabalhar para fortalecer a representação do setor privado. E, principalmente, restabelecer o respeito a nós. Representamos em torno de 2% do PIB e ainda somos tratados lateralmente nas decisões tomadas pelo Ministério da Educação e pelo Congresso Nacional”, critica. “Precisamos restabelecer a nossa autonomia e força como setor privado de educação do Brasil.”
A votação para a presidência da Confenen contou com 27 votos dos sindicatos ligados à entidade. Segundo Elizabeth, ao longo do processo houve o entendimento de que o melhor caminho para a eleição seria unificar as chapas que estavam na disputa. “Nossa chapa abrigou pessoas que pertenciam a outras chapas”, explica. Seu mandato terá início em 22 de novembro deste ano e está previsto para terminar em novembro de 2029.