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Como fica o ensino superior após a eleição?

Gestores e professores vivem alta expectativa quanto aos rumos no período pós-eleições. É mais que expectativa, é necessidade de ter informações para a elaboração dos planos estratégicos dos próximos anos.

Publicado em 28/10/2022

por Taiguara Langrafe

Design sem nome (5) É natural, em primeiro raciocínio, observar como se comportaram os governos dos atuais candidatos quando em exercício do poder e extrapolar o comportamento futuro (Fotos: Lula - Rovena Rosa/Agência Brasil; Bolsonaro - Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A transformação recente nos meios – e hábitos – de comunicação nos deixou submersos em um mundo de notícias rápidas, superficiais e de fontes duvidosas, gerando mais tensão do que informação. É um problema em escala global e muito difícil de solucionar. A ansiedade quanto ao futuro só aumenta, seja qual for a atividade econômica realizada pelo consumidor ou propagador das informações.

E quanto ao setor educacional, particularmente o ensino superior?

Vivemos em anos recentes um enredo de forte crescimento do número de instituições e de matrículas em todo o país. A partir da década de 90, o ensino superior esteve ainda mais presente no cotidiano da sociedade, pelas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Parafraseando o ex-ministro Cristóvam Buarque, até o papo no bar melhora quando há uma instituição de ensino superior por perto. O que dirá nas empresas, ONGs, hospitais, órgãos públicos e outros entes que são diretamente impactados pelo desenvolvimento do ensino superior.

É natural, em primeiro raciocínio, observar como se comportaram os governos dos atuais candidatos quando em exercício do poder e extrapolar o comportamento futuro. Fotos: Rovena Rosa (Lula) e Marcelo Camargo (Bolsonaro)/Agência Brasil

Gestores e professores vivem alta expectativa quanto aos rumos no período pós-eleições. É mais que expectativa, é necessidade de ter informações para a elaboração dos  planos estratégicos dos próximos anos. Em um ambiente de alta volatilidade quanto a tecnologias educacionais, meios de pagamentos, demandas de jovens universitários, competências da mão-de-obra,  crescimento da educação a distância, entre outras variáveis, o gestor universitário lida com uma crise de excesso de informações e de incertezas. Frentes de trabalho não faltam.  Somemos a questão das eleições e façamos uma pergunta clássica ao gestor financeiro de qualquer Instituição: “Teremos orçamento para esse projeto no ano que vem?”.

Buscando colaborar com os pensamentos e rotinas dos executivos financeiros das instituições de  ensino privadas, o FinancIES Rio 2022 terá como tema principal “O Futuro da Educação Pós-Eleições: Impacto nas Finanças”. Com uma cuidadosa curadoria,  o evento contará com CEOs, CFOs, líderes educacionais e especialistas, com informações de qualidade, para permitir  uma melhor compreensão dos rumos  da educação, em particular quanto a um ator com impacto significativo no setor: o Governo Federal.

Leia: Ensinar é também um ato político

É natural, em primeiro raciocínio, observar como se comportaram os governos dos atuais candidatos quando em exercício do poder e extrapolar o comportamento futuro. Antecipo que considero esse raciocínio falho: queiram o que queiram, tenham feito o que fizeram, as condições são outras. Vivemos em um mundo com uma guerra que está impactando a todos, uma atividade econômica global desacelerada, um mundo digital em expansão; estamos vivendo, e não mais prevendo, o surgimento  de novas profissões. É muita ebulição.

E o Brasil nisso tudo?

Sem orçamento para 2023, o governo Lula conseguiria replicar as condições de financiamento para estudantes como no passado? O governo Bolsonaro conseguiria investir na educação básica de forma a obter melhores indicadores internacionais de desempenho dos estudantes? Avaliemos.

Primum vivere, deinde philosophari. Sem a adequada destinação de recursos, haja criatividade para a implementação de  políticas públicas que atendam às necessidades de desenvolvimento de competências da nação por meio dos sistemas educacionais.

O fato é que, apesar de todo o desenvolvimento do setor, falta muito para que tenhamos mais competências desenvolvidas em nossa sociedade e mercado de  trabalho. Lembremos que seguimos com recordes de NEET – jovens que não trabalham nem estudam – e que praticamente quatro entre cinco jovens brasileiros em idade universitária não estão na faculdade.

Para saber mais sobre a programação do FinancIES Rio 2022, convido o leitor a acessar: www.financies.com.br/2022 

Esperamos por vocês no Rio!


Artigo escrito por Taiguara Langrafe, presidente do FinancIES.

Autor

Taiguara Langrafe


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