Revista Ensino Superior | Cibergogia: impulsão para o aprendizado
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Educação

Colunista

Simone Bergamo

Simone Bergamo é diretora-acadêmica do grupo Ser Educacional

Cibergogia: impulsão para o aprendizado de estudantes millenials e da Geração Z

Instituições de ensino devem projetar uma infraestrutura organizacional eficaz ou mecanismos adaptativos para fazer o melhor uso das novas tecnologias

Cibergogia Foto: Pexels

As Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTICs) só podem contribuir para a melhoria da educação se estiverem inseridas em ambientes de aprendizagem poderosos. Nesse contexto, ganha força a “cybergogy”, a pedagogia dos mundos virtuais — mais conhecida no Brasil como cibergogia.

A utilização cada vez mais intensiva de novas tecnologias nos processos educacionais amplia a complexidade do conhecer, o que demanda a criação de diferentes estratégias de ensino e aprendizagem em camadas profundas. No fim das contas, a pandemia acelerou a chegada de um chamado que já se mostrava urgente: a necessidade de reinvenção e inovação, o enfoque em instrumentos e meios disruptivos para alcançar excelência no oferecimento da educação ubíqua.

Uma das formas mais usadas para avaliação do desempenho de alunos no processo educacional é o oferecimento de materiais didáticos a eles. Vários métodos têm sido elaborados por especialistas em educação. Muitos apresentam vantagens; outros, desvantagens a depender da abordagem adotada em relação ao público: andragogia, heutagogia, hebegogia…

O que desejo destacar é a importância de uma abordagem que perpassa por todas as outras e extrapola as fronteiras das salas de aula a todo momento: justamente a cibergogia. A junção dos termos ciber e pedagogia tenta dar conta da complexidade das novas formas de aprendizagem, de gerações contemporâneas e de públicos que passam a se adaptar rapidamente aos avanços tecnológicos. A realidade exige a abordagem da ciberaprendizagem.

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Na cibergogia, utilizamos elementos da pedagogia e andragogia para pensar a presença de estudantes em ambientes digitais, uma realidade cada vez mais consolidada. Não é de hoje que recursos e aparelhos tecnológicos funcionam como extensão de nossos corpos e mentes, nas atividades cotidianas e nas mais complexas, inclusive em uma perspectiva de tecnologia educacional — usar a tecnologia para ajudar adultos e especialmente jovens a aprender por meio de trilhas digitais, com autonomia e interatividade em um mundo virtual. 

Não é mais aceitável retroceder. Compreendo que ambientes eficientes de aprendizagem envolvem o estímulo à experiência digital, interatividade e desenvolvimento de soft skills. No entanto, a cada semestre, a cada mês, desafios diferentes exigem a concentração na execução de nossos planejamentos. Em especial, os docentes precisam respirar teoria e prática dessa abordagem educacional.

 A instituição de um ecossistema de aprendizagem digital visa o aprendizado on-line engajado e alia recursos tecnológicos a importantes fatores: cognitivos (relacionados ao conhecimento prévio, metas e estilo de aprendizagem); sociais (que envolvem contexto, comunidade e comunicação); e emotivos (considerando a compreensão de si mesmo, da comunidade, do ambiente e processos de aprendizagem).

Tenho feito um levantamento de estudos de referência e todos apontam para efeitos positivos do uso de iniciativas de educação digital, sobretudo aquelas que utilizam recursos tecnológicos para aprendizagem baseada em problemas. Para isso, fazer cibergogia compreende a utilização de vários recursos e mídias para diferentes maneiras de informar.

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Nosso corpo discente nas universidades e faculdades, por exemplo, é formado por millenials, nascidos até metade dos anos 1990, e integrantes da Geração Z, nascidos até 2010 e já imersos nesse novo mundo tecnológico, os nativos digitais. Toda a vida desses sujeitos está permeada por tecnologias. Imagine só, quando um deles entra em sala de aula e precisa retroceder, preso a aulas exclusivamente expositivas, recorrendo somente ao quadro ou textos…

É um cenário complicado, inclusive para nós, gestores e educadores! Nós somos os responsáveis por oferecer recursos para que nossos alunos multimídia e hiperconectados atinjam seus objetivos. A cibergogia precisa sair do papel e isso deve ser refletido nas salas de aula, híbridas ou digitais. Esse planejamento sistemático nos permite que o ensino seja atraente, confortável, eficiente.

O modelo da cibergogia estimula o desenvolvimento de tecnologias educacionais para o desenvolvimento das capacidades pessoais dos estudantes. Os nativos digitais não podem mais ser preparados de forma convencional. Por isso, precisamos atualizar e ajustar nossas estratégias e habilidades acadêmicas, saber utilizar novas ferramentas e buscar a inovação nos processos de ensino e aprendizagem. Isso é fundamental para o engajamento dos estudantes e sucesso de nosso planejamento.

Por meio da cibergogia, queremos que os nossos discentes desenvolvam seus HOTS. É a sigla em inglês para Higher Order Thinking Skills — as suas habilidades de pensamento mais avançadas: identificar, selecionar, analisar, avaliar e agir com base nas informações, trilhas e recursos oferecidos em sala de aula. Muito semelhante ao que fazemos diante dos desafios do nosso dia a dia.

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O aprendizado digital estimula habilidades que tanto temos nos esforçado para garantir em nossos cursos superiores. Nossos alunos precisam desenvolver pensamento crítico, a capacidade de participar de redes colaborativas, discernimento para resolver conflitos e tomar decisões corretas, resiliência diante de dificuldades, empatia e diversidade, além de planejamento e ação para que suas metas sejam atingidas.

Estamos em um cenário de tendências globais e precisamos encará-lo. Devemos fazer isso desenvolvendo condições institucionais que impactem a capacidade dos professores de integrar a tecnologia. O processo evolui quando os profissionais conhecem como essas tecnologias podem ser aplicadas no ensino. O primeiro passo é a capacitação para que quaisquer obstáculos possam ser superados.

Instituições de ensino devem projetar uma infraestrutura organizacional eficaz ou mecanismos adaptativos para fazer o melhor uso das novas tecnologias. Assim, a implementação de novos métodos tecnológicos não pode ocorrer sem que o sistema ao seu redor se ajuste ao advento desse “novo organismo”. Ou seja, uso essa metáfora biológica para dizer que os sistemas de ensino devem aprender a responder ao ambiente e à atualidade.

*Simone Bérgamo é Diretora Acadêmica do grupo Ser Educacional.

Por: Simone Bergamo | 29/12/2022


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