NOTÍCIA

Edição 217

Programa de alfabetização boliviano ensinou mais de um milhão de adultos a ler e escrever

O programa Yo Sí Puedo, importado de Cuba, conseguiu reduzir a taxa nacional de analfabetismo de 13,28% em 2011 para 3,8% em julho de 2014

© Fellipe Abreu/Luiz Felipe Silva
O programa boliviano Yo Sí Puedo conseguiu reduzir a taxa de analfabetismo no país de 13,28% em 2001, para 3,8% em julho de 2014

“Ler e escrever era proibido. Eu morava no sítio em que meus pais trabalhavam e o patrão dizia que se eu fosse à escola cortaria minha língua.” A história é lembrada pelo ex-policial Quintim Pulma, 83, vestido elegantemente em um paletó um tanto quanto surrado e um chapéu preto, o que concede ao simpático senhor um ar ainda mais altivo. “Hoje, sim, eu posso estudar para provar para eles que eu sou capaz”, afirma após se levantar e se apresentar em nome de seus 38 colegas de estudo, todos idosos, do grupo rural de alfabetização da cidade de El Alto, vizinha à capital boliviana La Paz.

O grupo de quase 40 estudantes da terceira idade é uma síntese dos mais de um milhão de adultos alfabetizados desde a implantação do programa Yo Sí Puedo (Sim eu posso, em tradução livre) na Bolívia, em 2006. A maioria é formada por mulheres, de origem rural, pobres, e acima de 50 anos. Foi focando neste perfil que o programa conseguiu reduzir a taxa nacional de analfabetismo de 13,28% em 2001 para 3,8% em julho de 2014. Este índice, certificado pela metodologia de fiscalização da Unesco, é suficiente para que o Estado Plurinacional da Bolívia seja reconhecido como um país livre de analfabetismo – o limite, para a Organização das Nações Unidas, é de 4% -, o que aconteceu em julho de 2014, quando a Unesco declarou oficialmente a entrada da Bolívia na ilustre lista de países que erradicaram o analfabetismo. Atualmente a taxa de analfabetismo no país é de 3,2%, segundo dados de março de 2015 do governo boliviano.

Baixo custo

A meta foi estabelecida como prioridade assim que o líder indígena Evo Morales foi eleito presidente pela primeira vez, em 2006. Atualmente ele cumpre seu terceiro mandato consecutivo, que dura até 2020. Ao tomar posse pela primeira vez, Morales estreitou relações diplomáticas e ideológicas com os chefes de Estado de Cuba, então Fidel Castro, e da Venezuela, o falecido Hugo Chávez. Da coalizão entre os “líderes bolivarianos” nasceu o projeto. A Venezuela colaborou com aporte financeiro e Cuba cedeu material e profissionais para implementá-lo na Bolívia. Além da própria metodologia Yo Sí Puedo, desenvolvida pela histórica pedagoga cubana Leonela Relys, falecida em janeiro de 2015. De acordo com os dados oficiais cubanos, o método já alfabetizou mais de oito milhões de pessoas em 30 países diferentes (leia mais sobre o método no box).

Na Bolívia, a primeira fase do programa durou apenas dois anos, mas foi a mais intensa e bem-sucedida. Entre 2006 e 2008, a Brigada Cubana-Venezuelana chegou em peso com recursos materiais como TVs, videocassetes, livros, apostilas etc., e técnicos, sobretudo professores, para treinar os mestres bolivianos e na adaptação das cartilhas ao contexto sociocultural do país – como, por exemplo, a tradução para cinco idiomas indígenas, caso do quéchua e do aimará. Nestes dois anos, o milagre aconteceu: a taxa de analfabetos caiu a 3,7% sob um custo operacional muito baixo, de 18 milhões de pesos bolivianos por ano, equivalente a pouco mais de R$ 7 milhões anuais – valor este mantido até hoje.

O programa então foi incrementado com sua segunda etapa, o Yo Sí Puedo Seguir. Neste segundo passo, os alunos já então alfabetizados – processo este que dura, em média, de três a seis meses – iniciam um ciclo de dois anos para se aprofundar em leitura, escrita e matemática, passando por bases das ciências naturais, e se formam no primário. Na Bolívia, o equivalente aos ensinos fundamental e médio (três anos) é proposto em dois ciclos de seis anos, o primário e o secundário.

Foco no professor

Em 2012 veio o revés: o Censo daquele ano confirmou um aumento de 5,02% no número de analfabetos, índice que tirou a Bolívia do seleto grupo das nações sem analfabetismo. “Demos muita atenção ao programa de pós-alfabetização e negligenciamos esforços na alfabetização. Essa pesquisa nos mostrou que não se pode descuidar nunca”, explica o ministro da Educação, Roberto Aguilar Gómez. Lição aprendida, o Ministério precisou investir mais no programa. Com o orçamento já estabelecido, a decisão foi aumentar o engajamento do professor, que no Yo Sí Puedo é chamado de “facilitador”.

Como em qualquer programa de educação sério, a figura principal é a do professor. Neste caso, é ainda mais: os cerca de 18 mil facilitadores não recebem um centavo  pelo trabalho de alfabetização. A recompensa é dada em benefícios como um plano de carreira bem estruturado, que prevê um salário mensal inicial de US$ 300 e um teto, a partir de 20 anos de profissão, de US$ 1.200. Há, principalmente, duas formas para os professores recuperarem o tempo investido no programa: aqueles que já dão aulas regulares sobem de nível (e de salário) a cada cinco anos, mas quem trabalha também como facilitador tem o tempo reduzido pela metade; outro caso é dos professores em começo de carreira, momento em que são exigidos dois anos de experiência na província (em regiões rurais do país) e para não precisarem sair de suas cidades, podem realizar esses dois anos no programa de alfabetização.

A partir de 2012, o governo passou a ser mais maleável quanto à concessão dos direitos e a permitir formatos de aulas ainda menos ortodoxas. Entre os professores aceitos no programa está Keyla Guzmán Vélez, que mora com o marido e o filho de três anos ao lado do Mercado Rodriguez, em um bairro de classe média de La Paz. Ela propôs e insistiu em um modelo de aula individual para cada uma de suas alunas (e seu único aluno homem) durante o horário de funcionamento do Mercado (termo em espanhol para feira de rua), entre suas barracas, frutas e legumes que as senhoras vendem.

O programa nas ruas

Há duas maneiras de se formarem grupos do Yo Sí Puedo. Uma associação de cidadãos, como moradores de um bairro ou trabalhadores de alguma categoria, se reúnem e congregam pelo menos dez pessoas dispostas a estudarem. Levam, então, a proposta de grupo, com horário e local de aulas incluídos, para o comitê de alfabetização local – há pelo menos um em cada cidade do país – e o comitê procura um facilitador. Este é o modelo que gerou o grupo de idosos que abre esta reportagem.

Outra forma de um grupo de alfabetização nascer é a partir da vontade de um professor de formar uma classe. É o caso da citada professora Keyla, pioneira no modelo de aulas individuais. Recém-formada na graduação de “professora normalista titulada”, como é chamado na Bolívia, Keyla optou pela carreira de professora quando o filho Josué ainda era bebê. Para ter direito à licença profissional, ela teria de prestar os dois anos de “província”, quando o professor é obrigado a sair da cidade e dar aula no interior, e, consequentemente, se afastar do marido e, talvez, do filho. Decidiu, então, cumprir esses anos como facilitadora do programa contra o analfabetismo, mas teria, ela mesma, de encontrar seu grupo. E encontrou comprando maçãs.

A rua em que mora faz esquina com uma das maiores feiras de rua de La Paz. Notou que aquelas senhoras que passavam dois terços de seus dias trabalhando não sabiam ler, escrever e faziam contas abstratamente. Pronto: teria seu grupo de alfabetização à porta de casa. Não era, todavia, tão simples. As senhoras iniciavam suas atividades no Mercado Rodriguez às 5h da manhã e deixavam o local apenas às 19h, ou seja, dedicavam quase todo o seu dia ao trabalho. Resultado: não toparam formar classes após a jornada de trabalho ou abrir mão do horário de vendas – que mesmo tão longo, rende somente cerca de 200 pesos bolivianos (aproximadamente R$ 90 reais) por dia a cada uma.

“É preciso entender a rotina, a realidade da vida dessas mulheres. Elas acordam de madrugada, deixam os filhos sozinhos, trabalham realmente o dia todo e ainda precisam voltar para fazer as atividades de casa”, explica Keyla. “Compreendi que sou eu que tenho de me adaptar a elas, e não o contrário”, conclui. Então começou sua peregrinação, subindo e descendo a feira para encontrar quem topasse as aulas em um modelo flexível. Final feliz: um senhor e 25 senhoras aceitaram. Então, Keyla combinou com cada um a melhor hora para o atendimento e todos os dias percorria o mesmo percurso com uma lousa na mão e apostilas em uma bolsa. Parava 20 minutos em uma barraca, uma hora em outra, ensinava subtração aqui, vogais acolá, tudo entre cebolas, cenouras, maçãs e as onipresentes batatas. “Eu trabalho desde os oito anos. Meus pais morreram quando eu era criança e tive de trabalhar, e trabalho muito até hoje. Só pude começar a estudar por causa da nossa maestra, ela que veio até nós”, conta Paulina Flores, alfabetizada aos 49 anos e que, agora, vislumbra realizar o sonho antigo de entrar em uma universidade e se formar fisioterapeuta.

Seja nos grupos grandes, como de El Alto, seja nas aulas individuais, como do Mercado Rodriguez, há algo de fundamental para o programa funcionar: dedicação dos alunos. As aulas não ocorrem todos os dias, então é preciso que os alunos sigam em casa todo o programa determinado pelos facilitadores e pela cartilha. O curso de alfabetização exige leitura diária, assim como a prática de operações numéricas de soma e subtração e exercícios de caligrafia. Na pós-alfabetização, curso que hoje contempla a maior parte dos alunos do programa, já se caminha em direção à interpretação de textos mais longos, à elaboração de frases complexas e à execução de multiplicação e divisão, além de noções básicas de geografia, história e biologia.

Sistema de educação alternativa

O próximo passo, agora, é propor uma alternativa para que esses adultos possam seguir estudando. “É frustrante para eles chegarem até aqui, terem esperança de prosseguir e depois dependerem de colégios comuns para estudar”, desabafa Keyla. “A alfabetização e a pós-alfabetização não são áreas de trabalho isoladas do sistema educativo, são parte da estrutura da educação alternativa, que é um subsistema dentro do sistema educacional boliviano. Muitos alunos que terminaram a alfabetização e a pós-alfabetização se incorporaram a programas de educação secundária de adultos. No ano passado, muitos desses estudantes conseguiram seus diplomas do ensino secundário, o que lhes dá a possibilidade de seguir os estudos em nível universitário”, contrapõe Noel Aguirre, vice-ministro de Educação Alternativa da Bolívia. Segundo Noel, quando se trata de educação de adultos devem existir programas específicos para cada tipo de necessidade. No ano passado, a Associação de Trabalhadoras do Lar os procurou com um pedido: queriam se formar no ensino secundário, mas só tinham disponibilidade nas manhãs de domingo, quando não trabalham. “Nós adequamos o sistema e agora existem grupos de trabalhadoras do lar que estão estudando aos domingos”, diz Noel.

Além disso, com o objetivo de adaptar ainda mais o programa à população boliviana, o governo concebeu projetos alternativos para incentivar os alunos a continuar em contato com os estudos, como é o caso das bibliotecas comunitárias, que são criadas próximas aos pontos de alfabetização espalhados pelo país, para que mesmo depois de formado o estudante não perca contato com a leitura. “Há dois anos realizamos o Festival Nacional de Canção Popular, que tem como objetivo que os participantes escrevam suas próprias músicas. Os melhores do país são trazidos a La Paz no Dia Internacional da Alfabetização (8 de setembro),  quando eles têm a possibilidade de gravar suas músicas em estúdio. Além do resultado cultural, de valorizar as músicas típicas de cada região do país, esse projeto também se transforma em material educativo de apoio aos novos grupos de alfabetização e pós-alfabetização”, conta Ramiro Tolaba, diretor-geral do programa de pós-alfabetização.

Avançar é a palavra de ordem na Bolívia. O avanço educacional é evidente, mas é preciso mais modelos de educação alternativa para permitir que o sonho de ler e escrever realizado por Dom Quintim e Doña Paulina sejam apenas o primeiro de tantos.

 Combatendo a evasão escolar
A educação infantil foi também prioridade no programa para erradicar o analfabetismo na Bolívia. O alto investimento em educação (8,7% do PIB, o maior da América Latina) é para que até 2025 o número de analfabetos no país esteja controlado entre 1% e 2%, índice atrelado a outro objetivo: atingir 100% de presença de crianças na escola. O caminho para isto tem nome: Juan Manuel Pinto.

O Bônus Juancito Pinto homenageia um herói boliviano que foi à Guerra do Pacífico com apenas 12 anos. Sua função é semelhante ao do Bolsa Família no Brasil: gratifica monetariamente as famílias que mantêm seus filhos na escola. O valor de US$ 30 é pago anualmente (no mês de outubro) para cada criança que comprovar cumprimento integral do ano letivo.

O resultado já veio: a taxa de abandono escolar caiu de 6,5% em 2005 para 1,7%, segundo dados de 2013. Na educação primária, a meta está em vias de ser atingida, com 99% de cobertura, mas no infantil e secundário, ainda falta: ambos estão com cerca de 70% de alunos com idade adequada.

 Relato de reportagem: uma nova chance para escrever a história da Bolívia
Apesar de ser uma vizinha próxima, a Bolívia é, na verdade, completamente diferente do Brasil em termos de cultura. Isso apenas começa a explicar o quão difícil é fazer uma reportagem como essa neste país tão pobre e tão amável.

Desde o começo, a lógica é diferente: para ter acesso aos grupos de alfabetização e às autoridades, é preciso mandar uma carta (sim, por correios) e aguardar a resposta oficial – que nunca veio. Chegamos lá, com a vontade de dar voz a essa gente que está pela primeira vez recebendo a atenção do Estado que faltou em suas vidas inteiras e, na raça e na vontade – e depois de muito chá de cadeira – conseguimos os acessos.

Iniciou-se, então, uma das mais impactantes experiências que vivemos como jornalistas até então. Não bastasse a história de dedicação da professora Keyla, que lutou até conseguir que seu método de aulas individuais fosse aceito e que pinçou uma a uma suas alunas – história essa que por si só já valeria a matéria e a ida à Bolívia -, conhecemos ainda um grupo de 39 idosos em processo de alfabetização.

Depois de quase duas horas de viagem até El Alto, o carro estacionou e vimos aquelas quase quatro dezenas de senhores e senhoras vestidos impecavelmente para mais uma de suas aulas. Arriscamos um cordial “buenas tardes, amigos” e, em contrapartida, fomos surpreendidos: todos, um a um, e mesmo aqueles com dificuldades de locomoção, se levantaram e nos deram um beijo e um abraço. Ouvimos de cada um deles um “gracias” por simplesmente estarmos lá.

Don Quintim Pulma veio até nós, como uma espécie de representante daquele grupo, para entender nossas motivações. Convencido de que estávamos lá para dar voz a eles, desabafou sobre sua infância pobre, sobre as ameaças que o proibiram de estudar e, emocionado, após dizer que havia estudado apenas para provar “a eles do que é capaz”, concluiu: “já posso morrer em paz.”

A aula nos permitiu ver que o método é eficiente, mas não milagroso. Funciona melhor com aqueles que já tiveram empregos que exigiram mais do lado intelectual ou que frequentaram esporadicamente a escola. E, sobretudo, funciona para os mais disciplinados: a lição de casa regular é fundamental para o bom andamento do curso. Todos se formam, mas alguns com muito mais condição de seguir que os demais. É, antes de mais nada, um programa para dar auto estima a esses adultos e idosos. Sentem-se mais valorizados, sentem-se, pela primeira vez na vida, parte de uma sociedade que os olha com atenção.

Voltamos a entender a Bolívia: é um país predominantemente indígena que foi governado por uma elite financeira e/ou militar até a ascensão de Evo Morales à presidência. Com erros e acertos, foi uma virada histórica para os povos vulneráveis do país. Os índios pobres que não podiam estudar quando crianças, agora podem aprender depois de velhos e até sonhar com um diploma universitário.

A partir deste momento em que a comunidade se abriu tanto para nós, ouvimos, lá do fundo da classe, uma senhora dizer: “No se percam”, algo como “não nos esqueçam” – os olhos molharam e a voz tremeu. “No vamos perder”, respondemos. E aqui está a reportagem, para que nem nós, nem vocês, esqueçamos deles.

 Leonela Relys: a madrinha da alfabetização
O nome de Leonela Relys Díaz está escrito nas cartilhas de pelo menos 30 diferentes nações, entre eles diversos países latinos (incluindo aí o Brasil) e africanos e até mesmo a Espanha e a Nova Zelândia. A pedagoga cubana é a principal responsável pelo desenvolvimento do método Yo Sí Puedo, que alfabetizou mais de 8 milhões de pessoas, de acordo com os dados oficiais de Cuba.

Leonela nasceu na cidade de Camagüey em 1947 e, ainda prestes a completar 15 anos, participou da primeira campanha de alfabetização da ilha sob regime comunista. Sete anos depois se graduou “maestra”, carreira que seguiu nas salas de aula e na academia, até se formar doutora em ciências pedagógicas pela Universidade de Havana. Passou, então, 20 anos na direção nacional de estudos para adultos de Cuba – período em que desenvolveu uma série de projetos que serviriam de base para sua obra prima.

Após dois anos trabalhando com alfabetização no Haiti, retornou à terra natal com a missão de criar a cartilha de um programa massivo ensinar a ler e escrever em Cuba e que pudesse ser exportado. No mesmo ano, 2001, o Yo Sí Puedo foi colocado em prática da forma como o conhecemos. Seu trabalho foi reconhecido como Heroína da República em Cuba e também pela Unesco com a honraria com o Prêmio Alfabetização Rey Sejong, em 2006.
Vítima de câncer, a pedagoga faleceu em janeiro de 2015.

Yo Sí Puedo: o método
O programa de alfabetização regido da maneira original como proposto por Leonela Relys se completa após 65 aulas, divididas em três etapas primordiais: treinamento (10 aulas), ensino de leitura e escrita (42 aulas) e consolidação (13 aulas). As classes são ministradas por professores-facilitadores com o apoio de cartilhas e material audiovisual – cada país produz seu próprio modelo de conteúdo de acordo com a cultura local, mas atendo-se ao programa original cubano. Não há tempo mínimo e máximo para a graduação, embora o período considerado ideal seja de três meses.

Na primeira etapa (treinamento), os alunos são preparados a partir de suas capacidades orais e psicomotoras para iniciar o trabalho de leitura e escrita e, também nessa fase, são apresentadas as vogais e é feita a relação das letras com os números, símbolos geralmente já conhecidos dos alunos (A equivale a 1, B equivale a 2 e assim por diante).

No ensino de leitura e escritura avança-se na relação entre letras e números, formando sílabas e palavras. Neste momento do projeto, cuida-se com atenção do estudo das letras em si e dos fonemas. Encerra-se o ciclo com a consolidação, que é autoexplicativa: são propostos exercícios de fixação do que foi aprendido, como relacionar imagens e palavras, construção e compreensão de frases mais complexas e redação.

Estudantes aptos, então, seguem para o programa de pós-alfabetização Yo Sí Puedo Seguir.

Autor

Fellipe Abreu e Luiz Felipe Silva, da Bolívia (texto e fotos)


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