NOTÍCIA

Políticas Públicas

Prova Brasil 2009: boletins não chegaram às escolas

As escolas que participaram da Prova Brasil 2009 aguardavam, até o fechamento desta edição, o recebimento de seus boletins de desempenho. O documento é essencial para o processo de apropriação pedagógica dos resultados, já que traz a distribuição percentual de alunos e as médias obtidas […]

Publicado em 10/09/2011

por Beatriz Rey

As escolas que participaram da Prova Brasil 2009 aguardavam, até o fechamento desta edição, o recebimento de seus boletins de desempenho. O documento é essencial para o processo de apropriação pedagógica dos resultados, já que traz a distribuição percentual de alunos e as médias obtidas por eles na escala da prova. Além disso, o boletim reúne indicadores de rendimento escolar, médias de hora-aula diária, número de docentes com curso superior e percentual de alunos com distorção idade/série. As informações vêm contextualizadas em relação ao município e ao estado onde fica a escola. Um exemplo: o boletim da Prova Brasil de 2007 da Emef Desembargador Amorim Lima, em São Paulo, mostrou que 13,9% dos estudantes da 4ª série do ensino fundamental apresentaram nota entre 125 e 150 em língua portuguesa na escala (veja gráfico abaixo). Com essas informações em mãos, o gestor pode consultar o descritivo de cada faixa da escala, no site do Inep (item “Escala Prova Brasil e Saeb”).

De acordo com Malvina Tuttman, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os boletins não foram enviados porque houve problema na aplicação da prova em 23 escolas. “Houve troca de provas e elas precisaram ser reaplicadas”, explica. Quando questionada sobre o motivo pelo qual o boletim não foi enviado para as outras 60 mil escolas, ela afirma que o órgão optou por postergar a divulgação dos boletins em respeito a todas as escolas participantes da Prova Brasil. Malvina também disse que os pesquisadores envolvidos no Movimento Contra os Testes de Alto Impacto sabiam da justificativa para o atraso.

Ocimar Alavarse, da Faculdade de Educação da USP e coordenador do Movimento Contra Testes de Alto Impacto no Estado de São Paulo, afirma que não foi informado sobre o caso das 23 escolas. “Todas as vezes que conversei com funcionários do Inep a resposta era de que não sabiam se haveria o boletim”, diz. Para o professor, o quadro é preocupante porque as escolas são cobradas a usar os resultados quando, na verdade, não os têm. “Hoje, no Brasil, a disseminação dos resultados das provas é muito precária. Além do uso indevido, os problemas de inteligibilidade pelo usuário são grandes”, defende.






Leia aqui reportagem sobre manifestações contra testes de alto impacto

Autor

Beatriz Rey


Leia Políticas Públicas

André Lemos Jorge fala sobre EAD

“Principal preocupação com o EAD é qualidade”

+ Mais Informações
Pós-graduação Capes

Capes oferta mais de 6 mil bolsas para mestrado e doutorado

+ Mais Informações
CNE

CNE: as novas pautas do ensino superior

+ Mais Informações
Arlindo Baré

Universidade indígena começa criar corpo

+ Mais Informações

Mapa do Site