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Relatividade para todos

Aberta ao público nesta quarta-feira (24/9), em São Paulo, mostra sobre vida e teorias de Albert Einstein permanece até dezembro

A exposição Einstein, criada pelo Museu Americano de História Natural, de Nova York, ganhou uma versão brasileira adaptada e ampliada. A  mostra foi aberta ao público nesta quarta-feira (24/9), no Parque do Ibirapuera, onde permanece até 14 de dezembro.

Organizada pelo Instituto Sangari, a mostra apresenta grande quantidade de informação biográfica -objetos pessoais, fotos e cópias de cartas e manuscritos de Albert Einstein (1879-1955). Mas o foco central é o uso da interatividade e da tecnologia para explicar conceitos científicos relacionados às inúmeras contribuições do físico.

De acordo com o físico Marcelo Knobel, da Unicamp, responsável pela coordenação científica da exposição, os painéis de textos, ilustrações didáticas e obras interativas têm o objetivo principal de estimular os estudantes a conhecer as teorias de Einstein – o que representará um salto de 200 anos em relação ao que se aprende hoje em física nas escolas. O conteúdo pedagógico se limita à física de Isaac Newton, concebida no século 18.

"Não se aprende nada de física quântica ou de relatividade no ensino médio. No entanto, ainda que pareça incrível, a matemática utilizada para entender a relatividade não é tão complexa – ela pode ser toda demonstrada apenas com o teorema de Pitágoras. O que provoca um nó na cabeça são as conseqüências extraídas dessa teoria. Isso fica claro na exposição", explica Knobel.


Exposição quer estimular perguntas

O físico ressalta que o aspecto didático da exposição não se restringe à compreensão das teorias do físico nascido na Alemanha. O forte componente biográfico presente na exposição é, segundo ele, importante para desmistificar a pessoa de Einstein. "Tentamos mostrar que Einstein foi uma pessoa como todos nós e enfrentou problemas familiares, divórcio e dificuldades", disse.

Retratada em todas as suas dimensões, a atribulada vida do físico ajuda também a compreender diversos aspectos culturais do século 20. "A exposição é voltada não só para quem gosta de física, mas também para quem se interessa por saber mais sobre o mundo em que vivemos. A idéia não é que o visitante saia dominando conceitos da física, mas que saia com número ainda maior de perguntas, estimulado a saber mais", afirmou Knobel.

A mostra inclui objetos do acervo pessoal do físico, como fotos em momentos de lazer, ou recebendo o prêmio Nobel, além de reproduções

das cartas trocadas com Sigmund Freud e com o físico Niels Bohr. São apresentados trechos dos diários de Einstein, incluindo anotações sobre sua visita ao Rio de Janeiro, em 1925. São retratadas ainda sua relação com familiares, as viagens, a atuação pacifista durante a Segunda Guerra Mundial e a luta contra o racismo.


Serviço
EINSTEIN

Pavilhão Engenheiro Armando de Arruda Pereira – Parque Ibirapuera, Portão 10, de 24 de setembro a 14 de dezembro.
De terça a sexta, de 9h às 21h; sábados, domingos e feriados das 10h às 21h
Ingressos a R$ 15 (meia-entrada de R$ 7 para estudantes e professores); grátis para menores de 7 anos, maiores de 60 anos e excursões agendadas de grupos de escolas públicas
Telefone para agendamento: 0300 789 0002 ou (11) 3468-7400


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Autor

Fábio de Castro, da Agência Repórter Social


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