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NOTÍCIA

Arte e Cultura

Vidas negras

Cinema dos EUA resgata o passado escravocrata do país

Publicado em 15/12/2016

por Gabriel Jareta

negro Nate Parker (centro), no papel de Nat Turner: revolta contra a escravidão | Divulgação

Nate Parker (centro), no papel de Nat Turner: revolta contra a escravidão | Divulgação

Nate Parker (centro), no papel de Nat Turner: revolta contra a escravidão | Divulgação

A questão racial não é um assunto que costuma ser varrido para baixo do tapete nos Estados Unidos. Desde a escravidão e a Guerra da Secessão, que, em linhas gerais, opôs o Norte abolicionista ao Sul escravagista, até os movimentos atuais de protestos à violência policial contra jovens negros, a história americana está repleta de momentos de tensão e luta entre americanos de origem africana e parte da população branca, movimentos segregacionistas e seus representantes nas diversas esferas de governo. No cinema, o capítulo mais recente dessa história é O nascimento de uma nação (2016), dirigido e estrelado por Nate Parker. O filme narra a vida de Nat Turner, escravo que liderou uma revolta sangrenta na Virginia em 1831.

A obra – baseada em uma história real – empresta o nome de um filme de 1915 dirigido por D.W. Griffith, acusado de representar os negros na tela de maneira estereotipada e de dar contornos heroicos à Ku Klux Klan. No filme atual, o “nascimento” dessa nação teria como ponto de partida a rebeldia dos escravos liderados por Nat Turner contra seus senhores. A história acompanha Nat desde sua infância: levado a um ritual na floresta, uma espécie de xamã aponta que ele tem a marca dos ancestrais, devendo ser ouvido como um líder. Ao contrário dos outros escravos, o menino aprende a ler e passa a conviver na casa-grande, onde estuda a Bíblia sob a supervisão de sua proprietária.

Na vida adulta, mesmo de volta à lavoura de algodão, passa a ser requisitado nas fazendas da região como pregador – caberia a ele, através da palavra, apaziguar o ânimo dos escravos e convencê-los de que trabalhar exaustivamente e sofrer maus-tratos seria parte dos planos de Deus. A situação, claro, vai chegar a um ponto insustentável. A revolta de Nat e seu grupo contra seus senhores é implacável: segundo consta, em algumas horas, mais de 60 brancos, entre adultos e crianças, foram mortos a golpes de faca, espada e machado. A reação deixa em torno de 200 negros mortos – Nat é enforcado em praça pública.

O filme tem grandes cenas, como a sequência de escravos enforcados nas árvores ao som de Strange fruit na voz de Nina Simone, mas por vezes escorrega para um melodrama desnecessário. Nada que diminua, no entanto, a força da história de Nat Turner.


Filmoteca: Espectros da escravidão

A escravidão nas Américas tem várias faces: a luta, a resignação e a revolta; os abusos cometidos contra uma mulher negra e pobre; a rebelião nos quilombos; a escravização dos indígenas durante a colonização.

a-cor-purpura A cor púrpura (Estados Unidos, 1985)
A vida de uma mulher negra em uma área rural do Sul dos EUA no início do século 20 é o fio condutor do filme, que aborda questões delicadas, como o abuso sexual, a violência doméstica e o racismo. Baseado em romance de sucesso de mesmo nome, tem direção de Steven Spielberg e traz Whoopi Goldberg no papel principal.

 

djangoDjango livre (Estados Unidos, 2012)
A versão de Quentin Tarantino para um tema tão espinhoso como a escravidão causou controvérsias – o cineasta negro Spike Lee, por exemplo, afirmou que o filme é desrespeitoso. Django é um escravo que se junta a um caçador de recompensas com o objetivo final de libertar sua esposa de um fazendeiro cruel. Violência explícita e referências ao western spaghetti.

12-anos12 anos de escravidão (Estados Unidos, 2013)
Vencedor de três Oscars, inclusive de melhor filme, é ambientado no período anterior à Guerra Civil americana. É a história real de Solomon Northup, um negro livre do Norte dos EUA que é sequestrado e vendido como escravo – e assim permanece pelos 12 anos do título. Dirigido por Steve McQueen e baseado nas memórias do próprio Northup.

 

ganga-zumbaGanga Zumba (Brasil, 1963)
Tio de Zumbi, Ganga Zumba foi o primeiro grande líder do Quilombo dos Palmares, refúgio de escravos fugitivos situado em uma área onde hoje é o estado de Alagoas. Dirigido por Cacá Diegues e estrelado por Antonio Pitanga, o filme é um dos primeiros representantes do Cinema Novo e procura fazer uma abordagem do ponto de vista da resistência negra.

 

a-missaoA missão (Reino Unido, 1986)
Aqui, o foco está em outra escravidão da América: a indígena. Por volta de 1740, um padre jesuíta espanhol (Jeremy Irons) tenta converter uma tribo guarani na região onde hoje se localiza a fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Um antigo caçador de escravos (Robert de Niro) vai juntar-se a ele. Belas locações nas cataratas do Iguaçu e trilha sonora de Ennio Morricone.

Autor

Gabriel Jareta


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