NOTÍCIA
Pesquisa foi feita com 40 nações e também alerta que país possui segundo maior índice de desigualdade social
Publicado em 09/10/2018
A mais recente edição do estudo Education at a Glance, realizado pela OCDE, mostrou que o Brasil tem um dos maiores índices de adultos sem o ensino secundário e o segundo maior índice de desigualdade social, perdendo apenas para a Costa Rica.
Há uma clara relação entre os indicadores, aponta a OCDE, organização que reúne 36 países, dentre eles as nações mais desenvolvidas do mundo.
O estudo é feito com dados destes países e de nações como Brasil, Índia e África do Sul, totalizando 40 participantes.
O levantamento também revelou grandes desigualdades regionais e de gênero no ensino superior.
Enquanto no Distrito Federal 33% dos adultos têm curso superior, no Maranhão essa taxa é de 8%.
A variação é a maior de todos os países pesquisados, lista que inclui nações tão grandes como o Brasil, a exemplo da Rússia e dos Estados Unidos.
A disparidade de gênero também chamou a atenção: 20% das mulheres de 25 a 34 anos têm curso superior, mas entre os homens esse indicador cai para 14%.
O Education at a Glance ainda revelou que o Brasil tem um dos menores índices de graduados nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (Stem, na sigla em inglês): apenas 17% contra 24% da média da OCDE.
O campo de estudos com maior número de egressos é o de negócios, administração e direito (36%), seguido pelo de educação (20%).
A internacionalização também precisa ser mais bem trabalhada, aponta o estudo.
Em 2016, o Brasil recebeu apenas 20 mil alunos estrangeiros, o que representa 0,25% dos universitários.
Na média da OCDE, esse indicador é de 6%. Quanto aos que foram estudar fora, eles representaram 0,5% do total – a média da OCDE é de 2%.
Leia também:
https://revistaensinosuperior.com.br/metodologias-de-ensino/