NOTÍCIA
Produto deve ser patenteado e comercializado e foi desenvolvido por estudantes e professores de diferentes instituições
Publicado em 23/04/2019
Três estudantes de Engenharia Elétrica, uma de Engenharia Eletrônica, três professores do Instituto Mauá de Tecnologia, um médico da Universidade de São Paulo (USP) e um objetivo em comum: melhorar a vida de quem convive com o Parkinson. Carolline de Andrade Hungaro é uma das alunas responsáveis por desenvolver a ParkCare, uma pulseira de monitoramento da doença de Parkinson.
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O dispositivo conecta-se ao smartphone do paciente via bluetooth e os dados vão diretamente para um sistema a que os médicos têm acesso. Assim, em um período de tempo determinado, o ParkCare grava e gera um relatório da frequência e amplitude dos surtos de tremores. Com essas precisas informações em mãos, os médicos podem refinar o tratamento, prescrevendo medicações com mais precisão e controlando melhor a progressão da doença.
A ideia do projeto nasceu depois que Carolline viu o Emma Watch, um relógio criado por Haiyan Zhang, diretora de Pesquisa e Inovação da Microsoft. O aparelho envia pulsos magnéticos que agem no cérebro e diminuem sensivelmente os tremores causados pela doença.
“Queríamos fazer uma versão nacional desse dispositivo, algo mais barato. Mas, aí conversando com médicos, eles nos orientaram a seguir em outra direção e nós concordamos”, explica a aluna. Além do Emma Watch, já existem no mercado outros aparelhos que produzem resultados semelhantes, mas ainda não há nenhum que faça o controle rigoroso das crises provocadas pelo Parkinson, algo que os médicos relataram ser de extrema importância para auxiliar no tratamento.
O projeto virou o TCC das alunas participantes e o primeiro relógio ParkCare já está pronto e em fase de testes. Tanto o hardware como os softwares do aparelho foram desenvolvidos pelos estudantes, que encontraram desafios surpreendentes ao longo da trajetória. “A prática é bem diferente da teoria. O corpo humano é tão complexo e imprevisível que emite respostas que a gente sequer tinha imaginado”, conta Carolline. Neste momento, os estudantes estão pesquisando a viabilidade financeira do aparelho, assim como o registro de suas patentes para possibilitar a comercialização o mais breve possível.