NOTÍCIA
Já parou para pensar sobre quais diferentes soluções apresentaria para um problema ou como resolveria um determinado desafio?
Publicado em 31/12/2021
Você se considera criativo? O fato é que todos nós podemos sê-lo. Basta expandir seu potencial e encontrar soluções criativas e inovadoras. A criatividade e a inovação são palavras comumente utilizadas como sinônimos, no entanto, é importante ter a clareza que não carregam o mesmo significado.
Por se tratar especificamente do processo de pensar, imaginar e ter ideias, a criatividade está associada aos processos de imaginação, insights, sonhos e invenção. A criatividade é livre. O limite está no que a mente é capaz de produzir.
Leia: Tendências para 2022 prenunciam o esperado: inovação e consolidação
Já a inovação pode ser compreendida como a capacidade de colocar em prática as ideias geradas. Não adianta ter ideias e não conseguir materializá-las assim como não adianta ter a capacidade de materialização sem ideias que resultem em modificações significativas ou na criação de algo novo.
Pessoas criativas conseguem compreender a fluidez da vida e por isso, geralmente se afastam de ideias, parâmetros e comportamentais considerados rígidos, fixos e imutáveis.
Para mim, a criatividade é quando conectamos o repertório e o processo para desenvolver uma solução que agregue valor.
Se você é um professor ou um gestor educacional preocupado com o potencial criativo dos estudantes, saiba que o desenvolvimento da criatividade e inovação são elementos basilares para qualquer modelo educacional da contemporaneidade.
Afinal, o mundo contemporâneo demanda que o modelo tradicional de escola seja reinventado e que qualquer mudança, por menor que seja, requer pessoas capazes de imaginar um futuro diferente. Por isso, a criatividade tem sido destacada como a principal semente para geração da inovação e da transformação.
Apenas como ilustração, o The future of Jobs, publicação do Fórum Econômico Mundial e divulgado no final de 2020, definiu 10 habilidades que estarão em alta até meados de 2025 e a criatividade, juntamente com originalidade e iniciativa passaram a ser a segunda habilidade mais almejada.
Para inovar, precisamos ter um ambiente adequado à criatividade, no entanto, há pessoas com medo de dar sugestões, de compartilhar seus pensamentos e ideias. Geralmente as escolas punem os que erram, por meio das retiradas de notas, por exemplo. No entanto, ninguém aprende sem errar e não se inova sem arriscar.
Se as escolas (ou mesmo espaços de trabalho corporativos) tiverem um ambiente onde haja discussão de projetos, aceitação de sugestões, troca de ideias e que não se pratique a crítica destrutiva, a tendência é criar cada vez mais. O fato é que por trás de uma ideia que inicialmente possa parecer estranha é onde pode ocorrer as maiores possibilidades de inovação e disrupção.
Mas, como ser um impulsionador de novas ideias, promover o exercício da inovação e, de fato, desenvolver o potencial criativo dos estudantes?
Para conseguir fomentar a aprendizagem criativa é preciso conceber a sala de aula como um ateliê de aprendizagem.
Para transformar a sala de aula, seja ela virtual ou presencial, precisamos concebê-la como um verdadeiro ateliê de aprendizagem, e assim, organizar o espaço para favorecer um ambiente rico de possibilidades de aprendizagem. Conceber a sala de aula como ateliê de aprendizagem nada mais é do que um espaço voltado para criação, onde se permite a experimentação, produção e manipulação de diferentes materiais para gerar artefatos.
Em síntese, conceber a sala de aula como um ateliê de aprendizagem significa permitir novas práticas, novas maneiras de pensar e aprender.
Isso pode ser materializado por práticas pedagógicas que desenvolvem a criatividade para resolução de problemas, utilização de recursos tecnológicos e conectividade.
As instituições educativas não podem preparar os estudantes para uma sociedade que não existe, logo devem garantir o conhecimento e desenvolver habilidades como o pensamento crítico, a capacidade de associação e análise, o raciocínio lógico, a capacidade de solucionar problemas, de questionar, inferir, argumentar, fluência digital e, tantas outras necessárias à vida pessoal e profissional.
Neste novo ano que se inicia, estamos observando diversas instituições de ensino no mundo focadas na transformação dos seus processos de ensino, fornecendo experiências digitais, modelos cada vez mais híbridos, fomentando a inovação e a criatividade por meio de uma arquitetura educacional que promova experiências mais ativas e significativas para os estudantes por meio do protagonismo estudantil e a combinatividade de práticas pedagógicas e tudo isso é possível quando concebemos a sala de aula como um ateliê de aprendizagem.
Que em 2022 possamos conceber a nossa sala de aula como um ateliê de aprendizagem.