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NOTÍCIA

Gestão

Nem todos retornaram

Em dois anos, as escolas particulares perderam quase 1 milhão de alunos, uma queda de quase 10% nas matrículas e a interrupção de uma série histórica de crescimento

Publicado em 01/04/2022

por Revista Educação

evasão_agência brasil Mais de 240 mil crianças e adolescentes entre seis e 14 anos estavam fora da escola no segundo trimestre de 2021. Foto: Agência Brasil

O retorno presencial às escolas tem sido incrível. Mas nem todos retornaram. Os efeitos deixados pela pandemia na educação ainda são muitos. Um deles, a evasão escolar, que vinha regredindo a passos lentos na última década, deu um salto em 2020 e 2021. O movimento foi sentido muito forte na rede pública, mas também na área privada.

Mais de 240 mil crianças e adolescentes entre seis e 14 anos estavam fora da escola no segundo trimestre de 2021 na comparação com 2019, quando eram 90 mil alunos sem frequentar as salas de aula. O levantamento é da organização Todos pela Educação, com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

Leia: Professores contam como tem sido experiência de retorno ao presencial

Em termos percentuais, o estudo também apontou queda na mesma faixa etária, de seis a 14 anos, matriculados no ensino fundamental ou médio.

Enquanto em 2019, 99% estavam matriculados, em 2021, o índice caiu para 96,2%, o menor desde 2012. Ou seja, um retorno de uma década.

Podemos destacar o fechamento das escolas e a migração para o ensino remoto como uma das causas da evasão escolar. Com dificuldades de acesso ao mundo digital, foi natural o distanciamento dessas crianças da escola.

Mais de 240 mil crianças e adolescentes entre seis e 14 anos estavam fora da escola no segundo trimestre de 2021. Foto: Agência Brasil

Força tarefa

Seguimos com os números. Reportagem do jornal O Globo, publicada em 3 de março, traz um cenário também preocupante na rede privada. Em dois anos, as escolas particulares perderam quase 1 milhão de alunos, uma queda de quase 10% nas matrículas e a interrupção de uma série histórica de crescimento.

Fato que houve migração de parte desta população escolar para as redes públicas, mas no caso da educação infantil, por exemplo, com 600 mil afastamentos nas creches e pré-escolas, justamente a fase em que foi mais difícil trabalhar com o ensino remoto.

Diante desse contexto, precisamos trazer algumas reflexões para o setor tentar mitigar os danos e reverter um cenário futuro que se mostra bastante desafiador, com o envolvimento de todos os agentes da educação: alunos, professores, famílias, empresas educacionais e governos.

Às escolas cabe potencializar o acolhimento e incentivo a estudantes e professores neste retorno às aulas presenciais.

Investimentos em programas que revertam o quadro de evasão e incentivem o retorno às salas de aula daqueles que ainda não chegaram, especialmente dos jovens do ensino médio, para formação de futuros profissionais capacitados para o mercado de trabalho, pedem o envolvimento dos governos municipais, estaduais e federal.

As empresas de soluções educacionais e editoras de livros e material didático também têm papel fundamental nessa jornada de reconquista dos alunos e enfraquecimento da evasão escolar com a oferta de produtos físicos e digitais de qualidade, interessantes e envolventes.

O retorno pede inovação em tempo integral e a velocidade e a criatividade das edtechs podem ser importantes aliadas nessa atratividade. Estar na escola deve ser muito mais legal do que estar fora dela.

Por fim, presto uma homenagem àqueles que em nenhum momento, nem na incerteza da reabertura das escolas, nem nas piores fases da pandemia, nem nas descobertas de novas ferramentas tecnológicas, pararam de ensinar e ter dedicação total a essas crianças e jovens: os professores. Vocês são incríveis. Obrigado por tudo.

Artigo de Ricardo Tavares, diretor-geral da FTD Educação, originalmente publicado na Plataforma Educação

Acompanhe o último episódio do podcast Educação Superior em Pauta, uma parceria com o Semesp

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