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Hora de pensar em modelos de financiamento

A valiosa prática das empresas que visam lucro de se envolverem em discussões sucintas e claras sobre estratégias financeiras de longo prazo deveria ser seguida pelo setor sem fins lucrativos.

financiamento Foto: Pexels

Por William Landes Foster, Peter Kim e Barbara Christiansen/SSIR Brasil: Dinheiro é um tema constante de conversa entre líderes de organizações sem fins lucrativos: de quanto precisamos? Onde podemos conseguir esses recursos? Por que não há mais verbas? Em tempos econômicos difíceis, esse tipo de pergunta se torna mais costumeiro e urgente. Infelizmente, as respostas não estão de pronto disponíveis. Isso acontece porque os líderes das organizações sem fins lucrativos são muito mais sofisticados no que diz respeito à criação de programas que em relação ao financiamento de suas organizações, e os filantropos em geral têm dificuldade em compreender o impacto (e as limitações) de suas doações.

Essa imprecisão financeira acarreta consequências. Quando não há um bom casamento de organizações sem fins lucrativos e fontes de financiamento, o dinheiro não flui para as áreas onde produzirá o maior benefício.

Com demasiada frequência, o resultado é que programas promissores são cortados, são reduzidos ou nunca são lançados. E quando o dinheiro fica escasso, é ainda mais provável haver uma confusão caótica na captação de recursos.

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No mundo de empresas que visam lucro, em contraste, há um grau muito maior de clareza sobre questões financeiras. Isso é particularmente verdadeiro quando se trata de entender como diferentes empresas operam, o que pode ser encapsulado em um conjunto de princípios conhecidos como modelos de negócios. Embora não haja uma lista exaustiva de modelos de negócios empresariais, existe suficiente consenso sobre o que eles significam, de modo que investidores e executivos podem se envolver em conversas sofisticadas sobre a estratégia de qualquer empresa.

Quando uma pessoa diz que uma empresa é uma “fornecedora de baixo custo” ou uma “fast follower” [“seguidor rápido”, referindo-se a uma companhia que imita rapidamente as inovações de seus concorrentes], os principais contornos de como ela opera ficam bem claros. Da mesma forma, quando falamos que uma empresa está usando o modelo “barbeador e lâmina de barbear” [situação em que o produto é vendido com prejuízo, mas a comercialização do refil gera lucros], referimo-nos a um tipo de relacionamento contínuo com o cliente que se aplica a muito mais coisas além de produtos de barbear.

O valor dessa nomenclatura de modelos é que ele permite aos líderes empresariais articularem de forma rápida e clara como terão sucesso no mercado, ao mesmo tempo que possibilita aos investidores inquirir mais facilmente os executivos sobre como pretendem ganhar dinheiro. Esse tipo de diálogo incrementa as chances de que as empresas tenham mais sucesso, de que os investidores ganhem mais dinheiro e de que todos aprendam mais com suas experiências.

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O mundo sem fins lucrativos raramente se envolve em conversas igualmente claras e sucintas sobre a estratégia de financiamento de longo prazo de uma organização. Isso porque os diferentes tipos de financiamento que alimentam as organizações sem fins lucrativos nunca foram definidos de maneira nítida.3 Mais que uma pobreza de linguagem, isso representa – e resulta em – uma pobreza de compreensão e pensamento claro.

Por meio de nossa pesquisa, identificamos 10 modelos sem fins lucrativos em geral utilizados pelas maiores organizações com finalidade não lucrativa nos Estados Unidos. Nossa intenção não é prescrever uma única abordagem para uma determinada entidade sem fins lucrativos. Em vez disso, esperamos ajudar os líderes dessas organizações a articular mais claramente os modelos que, para eles, podem apoiar o crescimento de suas organizações e usar essa percepção para examinar o potencial e as limitações associadas a esses modelos.

A íntegra do artigo pode ser lida no site da Stanford Social Innovation Review Brasil. Acesse.

Autor

Stanford Social Innovation Brasil


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