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NOTÍCIA
Desalinhamento entre as vagas existentes no mercado e o perfil profissional que as IES têm formado precisa ser contornado. Microcertificações podem garantir trabalhabilidade
Publicado em 10/01/2023
Em texto sobre as principais tendências para 2023, divulgado pela consultoria global Randstad, o CEO da Randstad no Brasil, Fabio Battaglia, aponta para uma escassez de talentos que levou as empresas a deixarem de olhar apenas para o diploma e buscarem alternativas como a contratação por habilidades e experiências. Em conversa com a Ensino Superior, o membro do conselho deliberativo do CNPq, Luciano Sathler, destacou as microcertificações como a grande aposta para garantir a trabalhabilidade de estudantes e egressos.
Leia: Microcertificações, o mergulho derradeiro das IES no mundo digital
Luciano Sathler afirma que há um desalinhamento entre as vagas existentes e o perfil profissional que as IES têm formado. “De um lado, temos desemprego estrutural e os jovens ‘nem-nem’, que não conseguem trabalhar e nem estudar, e, do outro lado, nós temos um conjunto de vagas que as empresas estão com dificuldades de preencher, especialmente na área de tecnologia”, evidencia. O CEO da Randstad no Brasil, Fabio Battaglia, salienta que, com a urgente demanda de profissionais com conhecimentos específicos e a pouca mão de obra que atende a esses requisitos, as empresas têm avaliado os candidatos por suas vivências. São bem-vindos a capacidade de articulação e persuasão, dinamismo, facilidade de relacionamento, comunicação e resiliência.
Para Sathler, as IES precisam se aproximar da sociedade e do contexto em que ela está inserida para que estabeleçam programas de formação alinhados às necessidades de cada região. “E, de preferência, alinhados a um ecossistema de inovação”, diz. Segundo o profissional, é preciso trabalhar tanto com os alunos matriculados, quanto com os egressos que, em suas palavras, precisam “mais do que nunca” do apoio de suas universidades para se manterem no mercado de trabalho.
“O mundo está mudando radicalmente. Se eu me formei há 10 anos, o meu diploma diz alguma coisa a meu respeito mas, provavelmente, muita coisa que aprendi está desatualizada”, exemplifica. “As instituições têm um patrimônio muito grande para as pessoas que já se formaram e a questão é onde estão essas pessoas. É preciso estabelecer um programa de relacionamento com os ex-alunos. Onde eles estão? Como se desenvolveram? Do que precisam?”.
Luciano Sathler traz as carteiras digitais, ou microcertificações, para a conversa. “As pessoas precisam ser encontradas por algoritmos. Essas microcertificações são as grandes tendências hoje porque, por meio delas, as pessoas são muito mais notadas pelas competências do que pelo diploma”, sinaliza. Embora julgue relevante, Sathler enxerga o diploma como insuficiente para a garantia da trabalhabilidade.
Leia também: Currículo e avaliação devem ser considerados nas estratégias educacionais
Ao falar sobre soft e hard skills, o membro do conselho deliberativo do CNPq defende que as soft skills já fazem parte do DNA de grande parte dos brasileiros e que, de modo geral, devem ser desenvolvidas com base nos cursos dos estudantes. “Aqui as pessoas formadas no mundo das tecnologias e exatas precisam ter a oportunidade de desenvolver soft skills. Já os demais, os que são de humanas ou da área da saúde, precisam da oportunidade de desenvolver hard skills”, ressalta.
Luciano também afirma que o segredo está na extensão universitária. “Isso pede uma revisão no currículo, uma adoção de metodologias ativas e repensar a arquitetura da universidade. Estamos em um momento de mudança do DNA do ensino superior, uma mudança radical”, pontua.