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A captação de recursos, as estratégias, as ações, o impacto do projeto nas aldeias da TI Araribá e a fala dos formandos indígenas ganham registro histórico produzido pela instituição.
Publicado em 08/02/2023
A situação dramática que ocorre na Terra Indígena Yanomami, consequência do garimpo ilegal, tem sido motivo para muita comoção e reflexão. Até quando? Quem, distante, se pensa impotente, na verdade pode refletir um pouco mais. O que permeia a sociedade brasileira, que tem sido incapaz de resolver esses conflitos, por mais de cinco séculos? Além da ação efetiva do Estado brasileiro, o que mais pode ser feito? O webdocumentário Memória Identidade Araribá traz algumas respostas, sobretudo para as IES.
A Terra Indígena Araribá se localiza na cidade de Avaí, no Interior de São Paulo, próxima à Bauru. Nela estão as aldeias Ekeruá, Nimuendajú, Kopenoti e Tereguá. Martha Pio, professora, e Thiago Silvério, enfermeiro, são indígenas do povo Terena, dois dos personagens do documentário. Eles vivem e atuam na aldeia Erekuá e são egressos da graduação do Centro Universitário Unisagrado, no âmbito do Projeto Araribá, criado pela instituição há 26 anos, muito antes, portanto, da discussão em torno das cotas e da obrigatoriedade de valorização da cultura indígena nas escolas e no ensino superior.
A princípio, o Projeto Araribá era extensionista, tornou-se tão relevante que foi assumido em nível institucional, conforme explica a reitora Vânia Cristina de Oliveira, a Irmã Vânia. Além de bolsas de estudo, os estudantes indígenas recebem apoio acadêmico e psicológico. “O projeto é um orgulho para nós”, diz a reitora. “Fomos às aldeias várias vezes, conversamos com os caciques e formandos e realizamos o webdocumentário que conta toda a sua trajetória”. O lançamento do documentário, com 16 minutos, faz parte das comemorações de 70 anos do Unisagrado.
Regiane Rodrigues estava entre os que assistiram à apresentação do projeto na escola da aldeia Kopenoti, em 1996. “Eu vi aqueles alunos universitários chegando, a gente tem aquele susto, na cabeça do indígena quem faz faculdade é quem tem dinheiro”. Ela se tornou a primeira indígena com ensino superior de Araribá. Também foi a primeira formanda do Unisagrado e é a enfermeira da aldeia Kopenoti. Hoje, ela é também motivação e referência. No documentário, Regiane conta, emocionada, que recebe homenagens nos encontros de mulheres indígenas.
Os aprendizados são mútuos. “Se tomarmos consciência que nós habitamos uma casa comum, que podemos chamar de uma grande aldeia, e trabalharmos pelo bem das pessoas, a vida pode ser muito melhor. E isso a gente aprende, também, com a comunidade indígena”, conta Irmã Vânia.