O ano de 2024 começa com vários desafios para as IES. Ensino a distância (EAD), captação e retenção, as preocupações de sempre. Cada vez mais o sucesso dos alunos é uma prioridade máxima para as universidades, com investimento em novos programas e sistemas de aconselhamento que devem acompanhar o desempenho dos estudantes. Para os gestores, a relação com o mercado de trabalho é a principal estratégia para que o corpo discente alcance o esperado êxito.  

Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), professores e gestores são orientados a fazer uma relação direta entre os estudantes e o mercado de trabalho assim que o aluno ingressa na universidade. É o que conta Cíntia Boll, pró-reitora de graduação da UFRGS. “Apresentamos o projeto político pedagógico do curso para que o estudante saiba quais as disciplinas que serão cursadas. Procuramos fazer com que a área pedagógica de cada curso atue junto ao estudante e o acompanhe em relação ao mercado, orientando-o a estagiar e a fazer um projeto de extensão – que agora é lei”.

“O sucesso para o estudante se dá quando ele consegue visualizar o quanto ele pode, a partir dos conhecimentos adquiridos em sua formação, contribuir com a melhoria da vida em sociedade. Quando o aluno percebe isso – seja nas disciplinas cursadas, nas atividades de extensão, nos estágios ou nos trabalhos de pesquisas desenvolvidos por ele – e vai ao encontro da sociedade, tomando o conhecimento de sua potência no bem-estar social, houve o alcance tanto de seu sucesso quanto da própria universidade”, acrescenta a pró-reitora. 

Melhoria na carreira

O EAD não é propriamente um problema, mas com as novas exigências do Ministério da Educação serão necessárias medidas que aprimorem o aprendizado para que a instituição possa continuar a crescer nessa área. E certamente o ensino a distância, que crescia, sofre esse freio do MEC, em sua busca por qualificar e criar parâmetros de qualidade. Então, conforme já se vê na prática de algumas instituições, o sucesso do aluno de EAD deve ser igualmente considerado.

Ricardo Grima (Foto: divulgação)

“Não há outro motivo para a existência de uma IES se não o sucesso do estudante. Nossa preocupação majoritária é a satisfação do aluno”, destaca Ricardo Grima, vice-presidente de graduação EAD da Uniasselvi. Segundo Grima, a instituição está em constante contato com empresas para que as aulas práticas e programas de estágios estejam alinhados às demandas corporativas. “Não nos interessa oferecer uma formação estritamente academicista. Somos uma instituição voltada a entregar para o mercado uma pessoa que possa fazer sua progressão de carreira ou até mesmo conseguir o seu primeiro emprego. A maioria dos nossos alunos já ingressa empregada e busca soft skills para a melhoria de suas carreiras”, explica.

No interior do Rio de Janeiro, o Centro Universitário Dom Bosco também foca na colaboração com empresas para o desenvolvimento de um bom profissional. De acordo com o reitor Mario Anibal Simon Esteves, através da parceria, os discentes recebem um programa de formação e de carreira. “A empresa se torna um laboratório de aprendizagem prática da teoria que o aluno recebe na universidade”, diz.

“Hoje, por exemplo, temos 12 alunos que se tornaram funcionários na Volkswagen. É um programa que traz muita empregabilidade e são alunos que se tornam diferenciados”, pontua. 

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Ensino Superior