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Inovação

Reitor recomenda produtos digitais na gestão

Produtos e soluções digitais podem potencializar o crescimento de uma IES e a geração de demanda

Publicado em 29/02/2024

por Ensino Superior

Produtos digitais Produtos digitais potencializam o crescimento de uma IES

Os produtos e soluções educacionais permitem às instituições de ensino superior a possibilidade de suprir dificuldades e necessidades que os meios tradicionais não proporcionam. É o que pensa Ricardo Ponsirenas, reitor dos centros universitários FMU e FIAM-FAAM. Para o profissional, utilizar esses produtos faz com que as IES não apenas se mantenham atualizadas em relação ao mercado, como também garantam uma conexão com o que está por vir.

Ponsirenas explica que essa prática de produto proporciona diminuição do ciclo de criação, desenvolvimento e revisão de produtos. “Numa prática de discovery contínuo, por exemplo, a instituição estará sempre num processo de pesquisa e entendimento sobre quem é seu aluno e quais dimensões de produto são importantes para cada grupo de programas. O que o aluno de direito valoriza? Quais são os seus receios? O que ele quer conquistar? E, do outro lado dessa mesma moeda, as dimensões de produto ajudam a IES a entender quais são as alavancas de diferenciação nas quais ela precisa investir”, comenta. Além de melhorar e de personalizar a experiência dos alunos, os produtos digitais podem potencializar o crescimento de uma IES e a geração de demanda.

Segundo o reitor, isso faz com que a instituição esteja sempre testando alguma nova solução, seja ela digital ou não. “Assim fica fácil entender o que tem impacto real para o aluno, o que funciona e, principalmente, o que precisa ser removido”, acrescenta.

“Uma IES que adota as práticas de criação e gestão de produtos de forma integrada consegue mapear com mais facilidade as características e necessidades de seus estudantes e encontrar soluções inteligentes que vão beneficiá-la na atração de novos alunos e na melhoria dos indicadores de satisfação e permanência”, ressalta.

 

O desenvolvimento de estratégias na prática

Ricardo Ponsirenas

Ricardo Ponsirenas, reitor dos centros universitários FMU e FIAM-FAAM (foto: divulgação)

O reitor traça um paralelo com a oferta de produtos no mercado das startups, em que a área de produtos normalmente faz parte da área de tecnologia, “o que faz sentido porque os produtos são digitais”. Já no ensino superior, o produto está na academia, que muitas vezes tem resistência a essa abordagem. “A maturidade empresarial das instituições de ensino também pesa muito nesse ponto. Normalmente com décadas de atuação, as IES  já têm processos bem estabelecidos e produtos muito sedimentados”, pontua.

“Criar uma área de produtos como as das startups provavelmente vai criar mais atrito do que soluções. Minha experiência sugere que a melhor estratégia nesses casos é criar uma área de ‘novos produtos’, que precisa estar muito integrada às lideranças acadêmicas, ao marketing, ao time de operações e ao time comercial. Essa área começará lidando com novos projetos, com demandas de revisão de produtos que estejam com problemas e, por meio deles, difundirá as práticas de criação, design e gestão de produtos. Dessa forma a cultura de produtos se dissemina pela instituição de forma mais natural”, sugere.

 

Leia: Preço e qualidade do EAD continuam na pauta do setor

 

Em relação à transformação educacional, Ponsirenas lembra que, na prática, é o mundo que está em transformação e as transformações dos diversos segmentos são respostas a isso. “Alguns segmentos, como o de entretenimento e mesmo o bancário, reagem mais rápido. O segmento educacional reage mais devagar, ou pelo menos parte dele. As edtechs que atuam no mercado não regulado, por exemplo, conseguem acompanhar essas transformações sem muita dificuldade. O obstáculo para as instituições de ensino, no entanto, está longe de ser a regulação”, diz.

De acordo com o reitor, as IES costumam ter dificuldade em colocar o estudante no centro do processo de design de produtos educacionais e de criar uma experiência de aprendizagem que atenda às suas necessidades, expectativas e objetivos. “As mudanças no mercado de trabalho deveriam ser entendidas como oportunidades para as IES. As pessoas hoje já entendem a necessidade de ‘aprender para o resto da vida’ e a maioria das universidades corporativas têm encontrado dificuldades em atender a grande demanda por capacitação.” Para Ricardo Ponsirenas esses dois fatores abrem uma avenida de possibilidades, “mas para ter sucesso nesse cenário as IES precisam ser mais ágeis e digitais.”

O especialista estará presente no 1º dia do Congresso Brasileiro de Gestão Educacional (GEduc), onde abordará as soluções educacionais na palestra Estratégias de desenvolvimento de produtos digitais como alavanca de diferenciação para IES. Veja a programação completa.

 

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Ensino Superior


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