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Fnesp 2024

EAD democratiza acesso ao ensino superior, mas garantia de qualidade ainda é desafio

Em debate no 26° Fnesp, representantes do MEC e do Inep falaram sobre importância e desafios do ensino a distância, além de discussões relevantes para o ensino superior nos próximos anos – tendo em vista o PNE

Publicado em 18/09/2024

por Juliana Fontoura

EAD Painel foi medidado por Antônio Góis, colunista de educação do O Globo (foto: Gustavo Peres)

Se o ensino a distância permite que mais brasileiros acessem o ensino superior, a garantia da qualidade dessa modalidade ainda é um desafio. Esse foi um dos temas debatidos do primeiro painel do 26º Fórum Nacional do Ensino Superior Particular Brasileiro (Fnesp), intitulado Foco no Futuro: perspectivas para o PNE da próxima década.

Marta Abramo

Marta Abramo, secretária da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES), representou o ministro Camilo Santana na abertura do 26º FNESP (Foto: Gustavo Peres)

Marta Abramo, secretária da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES), destacou que a educação digital e à distância tiveram papel muito relevante na democratização do acesso ao ensino superior – mas ponderou a importância de se olhar para a qualidade, inclusive pensando no papel do Plano Nacional de Educação (PNE). “Os pilares da expansão, inclusão e qualidade estão mantidos no novo projeto [do PNE]. E a educação digital, a educação a distância, têm de se inserir nesse olhar, da expansão, mas com garantia de qualidade”, afirmou.

A secretária também destacou que é importante refletir sobre como aqueles que concluem o ensino superior – um percurso que, para muitos, é marcado por muitas dificuldades e até desistência – chegam ao fim dessa trajetória. “Quando a gente olha para esses dez anos que nos separam da formulação do PNE 2014-2024 e tem oportunidade de debater o próximo, a gente tem de fazer exatamente essa pergunta: se a gente está formando profissionais realmente preparados para contribuir com o desenvolvimento do país.” 

 

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Marta também destacou a necessidade de um “senso comum” sobre a educação a distância e o estabelecimento de um glossário sobre a modalidade – e que o MEC já tem trabalhado nessas questões. “O MEC fez uma série de visitas técnicas, a gente visitou 20 instituições e recebeu outras 10 no ministério para entender os modelos, como essa educação está acontecendo”, afirmou.

Já Manuel Palácios, presidente do Inep, lembrou dos desafios trazidos pelo novo PNE, como ampliar o atendimento – para que o país atinja 40% de escolarização líquida – e assegurar padrões nacionais de qualidade. “A definição do que são esses padrões é um desafio para o Inep, para o MEC e para todos que estão aqui presentes”, afirmou.

Palácios também destacou a necessidade de motivar e dar condições para que os jovens concluam o ensino superior – outro grande desafio ao se discutir o tema. “Hoje a taxa de conclusão na educação superior é muito baixa, de 40%, estável ao longo dos últimos anos”, afirmou. No setor público, essa taxa fica em torno de 45%, de acordo com Palácios. Segundo o especialista, os números trazem à tona questões relativas à motivação, interesses e os incentivos que levam o estudante a frequentar e concluir o ensino superior. Ponderou, contudo, que também há outras questões de permanência e que o MEC tem se esforçado para isso, com políticas de assistência estudantil.

 

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Autor

Juliana Fontoura


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