Pesquisa realizada pelo GT de tecnologias educacionais da MetaRed TIC Brasil, sobre as competências digitais dos docentes do ensino superior no Brasil,  mostra que eles  “têm um nível de competência digital intermediário, mas também apresentam fragilidades em pontos importantes”. Esse dado será apresentado por Marco Antonio Garcia de Carvalho, professor da faculdade de tecnologia da Unicamp, no 6º Encontro Nacional da MetaRed TIC Brasil. Ele explica que a pesquisa possibilitou “um relatório muito completo sobre as competências digitais dos docentes do ensino superior no Brasil.” 

Para Marco Antônio Carvalho, pesquisa sobre competência digital deve influenciar políticas públicas, formação docente e institucionais (Foto: divulgação)

“Estamos com uma deficiência muito grande no que chamamos de educação aberta. Mais de 70% não entendem direito o que significa trabalhar com tecnologias abertas, com pedagogias abertas, com acesso aberto de dados, com publicações de acesso aberto. Tudo o que diz respeito à ciência aberta.” Marco Antonio Carvalho acredita que “um diagnóstico como esse, que foi feito com mais 2800 professores de todo o Brasil, mostra o poder que essa pesquisa tem para influenciar políticas públicas, políticas de formação docente e políticas institucionais.”

Além dos resultados da pesquisa sobre as competências digitais dos docentes, Carvalho fará “uma análise sobre quais são as ferramentas mais usadas pelas instituições no que diz respeito a ambientes virtuais de aprendizagem, sistemas antiplágio e ferramentas de produtividade.” Esses dados são resultados de uma segunda pesquisa sobre o uso de recursos de tecnologias da informação e comunicação nas IES.

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O 6º encontro Nacional da MetaRed TIC Brasil, com o tema A era digital para todos: inclusão, acesso e equidade, será realizado pelo Semesp, a MetaRed e a Univesp nos dias 31 de outubro e 1 de novembro em São Paulo. O evento terá espaço para apresentação de pesquisas, reflexões e debates sobre o uso da tecnologia digital nas instituições de ensino superior. Cristina Ares Elisei e Marcelo Augusto Gonçalves Bardi são outros dois participantes confirmados.

Cristina Ares Elisei apresentará os trabalhos do GT Mulheres na TIC (Foto: divulgação)

Cristina Ares Elisei, coordenadora do GT Mulheres na TIC da MetaRed Brasil e professora da Fatec Pinda/CPS, estará presente em dois momentos. Vai apresentar o grupo de mulheres, hoje formado por 35 mulheres da área acadêmica de universidades públicas e privadas, e os trabalhos já realizados. E vai coordenar a mesa A hora agora é delas: como o mercado está aberto para mulheres na tecnologia. “A Ana Cerqueira vai falar do papel das mulheres na cibersegurança, e do trabalho da Womcy para promover essas mulheres. E Lubienka Cristina Lucas Jaquiê, da Univesp, vai trazer informações sobre educação a distância, da parte específica dos cursos de tecnologia”. No final das apresentações, o público poderá fazer perguntas para as participantes. Cristina acredita que a troca “vai ser muito interessante”.

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Marcelo Augusto Gonçalves Bardi, coordenador do GT de maturidade digital e gestão de TI da MetaRed, apresentará aos participantes o resultado do mapa da maturidade digital 2024 das instituições de ensino superior no Brasil. Ele explica que vai comparar “o índice de maturidade digital das IES com os resultados obtidos na mesma pesquisa que foi feita em 2022. Então nós temos essa base histórica que vai trazer alguns resultados que podem colaborar na efetivação das estratégias de domínio digital nas Instituições brasileiras. Vamos falar de cinco dimensões desse cenário: universidade digital, governança TIC, cultura digital, segurança da informação e investimento TIC”. Marcelo Bardi conta que com o mapa de maturidade digital “cada instituição vai poder se enxergar com relação às suas próprias métricas e construir o seu relatório individualizado frente ao cenário nacional”.

Marcelo Augusto Gonçalves Bardi irá compararar dados de 2022 e de 2024 da pesquisa sobre maturidade digital das IES (Foto: divulgação)

Ao comparar os dois mapas, Bardi observa que a maior parte dos indicadores se mantém constante em relação a 2022. “Isso é interessante, porque 2022 foi um ano atípico por conta da recém terminada pandemia. Certamente muitas instituições estavam aquecidas em tecnologia. Não houve uma redução como era esperado por conta da redução de investimento da área. Considero isso como um fator positivo, porque conseguimos manter a qualidade. Mas alguns indicadores precisam ser melhorados. Eu vejo a importância do nosso grupo de trabalho na MetaRed continuar apoiando as instituições para que a próxima edição da pesquisa, em 2026, traga melhoria de todo o quadro.”

O 6º encontro Nacional da MetaRed TIC Brasil acontecerá nos dias 31 de outubro e 1 de novembro, no Centro Paulo Souza, em São Paulo. 

Confira a programação e faça sua inscrição no link: 6º Encontro Nacional da MetaRed TIC Brasil

Autor

Juliana Ligorio