Revista Ensino Superior | Minorias sofrem com escassez de estágios nos EUA

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Formação

Minorias sofrem com escassez de estágios nos EUA

A procura por esta oportunidade de formação profissional ultrapassa em muito o que os empregadores ofereceram no ano passado

Publicado em 19/02/2025

por Ensino Superior

Estágios nos EUA Estudantes negros e hispânicos estavam entre os menos propensos a garantir um estágio (foto: Shutterstock)

Por Jon Marcus/The Hechinger Report

Não há apenas preocupações crescentes sobre a oferta de programas de aprendizagem para atender à demanda; há também uma escassez de outra importante ferramenta de treinamento da força de trabalho: estágios.

Estima-se que em 2024 houve 5,7 milhões de estágios de alta qualidade a menos do que alunos que queriam estagiar, de acordo com o Fórum de Educação Superior e Negócios, ou BHEF.

No ano passado, os empregadores forneceram 2,5 milhões de estágios de alta qualidade, em comparação com 8,2 milhões de pessoas que queriam um, descobriu a BHEF. Outro milhão de estágios oferecidos ficou aquém dos altos padrões de qualidade e desenvolvimento de habilidades, segundo a organização.

“Custa dinheiro ter pessoas que coordenam estágios”, diz Jennifer Thornton, vice-presidente sênior e diretora de programa da BHEF. “Então, recursos importam.”

Estudantes negros e hispânicos e estudantes que foram os primeiros em suas famílias a ir para a faculdade, que vieram de origens de baixa renda ou frequentaram faculdades comunitárias, estavam entre os menos propensos a garantir um estágio, de acordo com o BHEF. Estudantes asiáticos em faculdades e universidades de quatro anos eram os mais propensos a serem rejeitados por eles.

 

Leia: Consequências do fim das ações afirmativas nos EUA

 

Um outro estudo, realizado pela organização de defesa California Competes, descobriu que as mulheres, naquele estado,  também tinham menos probabilidade do que os homens de concluir estágios remunerados, e os alunos cujos pais foram para a faculdade tinham três vezes mais probabilidade de concluir um estágio do que os alunos cujos pais não foram.

“Quem terá mais acesso a essas redes informais? Normalmente, isso estará associado ao status socioeconômico e ao capital social”, disse Thornton. Enquanto isso, faculdades e universidades com melhores recursos “também se conectam mais regularmente com seus ex-alunos, que podem ser inestimáveis ​​em termos de conectar alunos a estágios”.

Especialistas dizem que contestações legais a programas de estágio que dão preferência a candidatos de grupos marginalizados provavelmente agravarão essa incompatibilidade.

Sob pressão de um grupo conservador, por exemplo, a empresa de contabilidade PwC parou de dar preferência a candidatos a um programa de estágio estudantil baseado, em parte, na identidade racial.

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