Este conteúdo produzido por Viviane S. Lhacer é apresentado pela UniFECAF*

A inteligência artificial (IA) já não é apenas uma tendência tecnológica: tornou-se um fator estratégico capaz de transformar profissões, habilidades e oportunidades de mercado. A ascensão da IA está redefinindo o modo como empresas operam, contratam e inovam, e também como universidades preparam seus alunos para esse novo cenário.

De acordo com o AI Jobs Barometer 2024, levantamento global da PwC, a quantidade de vagas especializadas em inteligência artificial aumentou sete vezes entre 2012 e 2024, refletindo uma demanda crescente por profissionais capazes de compreender e aplicar ferramentas inteligentes em diferentes contextos. Essa transformação não se limita ao setor de tecnologia: áreas como marketing, direito, educação e recursos humanos também estão sendo profundamente impactadas, exigindo novas competências digitais e pensamento analítico orientado por dados.

Em São Paulo, essa revolução tecnológica já é aplicada de forma prática em diversas instituições de ensino superior, por meio de cursos que combinam teoria, inovação e experiências reais, permitindo que alunos de diferentes áreas aprendam a utilizar a IA de maneira estratégica e ética.

 

O que isso significa na prática?

A IA possibilita automatizar tarefas, analisar dados complexos e criar soluções inovadoras. Ela funciona por meio de ferramentas acessíveis, plataformas digitais e softwares inteligentes, que podem ser aplicados do marketing ao direito, da educação à logística. Seus efeitos podem ser observados em empresas de todos os portes, startups, consultorias, órgãos públicos e até em projetos pessoais ou iniciativas de freelancers.

O motivo pelo qual a IA se tornou essencial é simples: dominar essas ferramentas deixou de ser apenas um diferencial técnico e passou a ser uma competência estratégica, indispensável para quem deseja se destacar em um mercado cada vez mais competitivo e digitalizado.

Segundo levantamento World Economic Forum projeta que 97 milhões de novos empregos surgirão até 2025, exigindo habilidades digitais avançadas — muitas delas ligadas diretamente à aplicação prática da IA.

 

IA não é apenas para programadores

Tradicionalmente, a IA parecia território exclusivo de engenheiros e cientistas de dados. Hoje, a realidade é diferente: ferramentas intuitivas e acessíveis permitem que profissionais de qualquer formação desenvolvam soluções práticas, aumentando eficiência e relevância.

No marketing, plataformas inteligentes ajustam campanhas, segmentam públicos e produzem relatórios detalhados, liberando tempo para estratégias criativas.
Em recursos humanos, sistemas automatizam a triagem de currículos, identificam padrões de desempenho e reduzem vieses, tornando o recrutamento mais ágil e assertivo.
Na educação, tutores virtuais e sistemas adaptativos permitem que professores personalizem conteúdos e acompanhem cada aluno de forma individualizada.
No direito, algoritmos analisam contratos, jurisprudência e processos com rapidez, permitindo que advogados concentrem-se em decisões estratégicas.

Até setores como saúde, logística e finanças já aplicam inteligência artificial para prever demandas, otimizar rotas e identificar padrões complexos. Segundo dados da AWS, hospitais que adotaram automação digital nos atendimentos conseguiram reduzir em 20% o tempo médio de espera e aumentar em 30% a precisão nos diagnósticos, demonstrando como a IA pode gerar eficiência operacional e melhorias reais na experiência dos pacientes.

 

Pequenos projetos, grandes oportunidades

Uma das maiores transformações trazidas pela IA é o fato de que não é preciso estar em grandes corporações para gerar impacto. Projetos pessoais, freelances e iniciativas internas podem produzir resultados concretos e construir reputação profissional.

Um freelancer de marketing, por exemplo, pode otimizar campanhas com inteligência artificial e apresentar resultados mensuráveis a pequenas empresas e startups. Um professor que automatiza correções e cria conteúdos adaptativos personaliza o ensino sem aumentar a carga de trabalho. Já um advogado que aplica IA na análise de contratos torna o processo mais rápido, preciso e estratégico.

Essas aplicações mostram que quem demonstra o que sabe fazer com a tecnologia na prática tem mais chances de se destacar no mercado. Um aluno que apresenta um projeto criado durante a graduação, utilizando IA ou automação, gera evidências concretas de suas habilidades — e, por isso, tem mais chances de conquistar um estágio ou emprego do que aquele que apenas menciona ter experiência.

Como explica Diego Braga, Head de Carreiras da UniFECAF, “pequenos projetos demonstram iniciativa, capacidade de aprendizagem e impacto real. Eles podem ser tão ou mais valiosos que experiências em grandes corporações.”

A formação como porta de entrada

Transformar iniciativas em uma carreira consistente exige formação estruturada e aplicada, que vá além do aprendizado teórico. O Centro Universitário UniFECAF, em São Paulo, está iniciando graduações e pós-graduações voltadas à inteligência artificial, com foco em alinhar ensino, mercado e inovação.

Os cursos combinam teoria, prática e desenvolvimento de competências comportamentais, preparando profissionais para aplicar a IA de forma estratégica em diferentes setores. A abordagem permite que alunos de áreas como marketing, recursos humanos e direito compreendam não apenas o funcionamento das ferramentas, mas também como gerar impactos concretos e éticos em contextos profissionais variados.

Empregar metodologias de ensino ativas é um diferencial estratégico para as instituições de ensino superior, permitindo a formação de profissionais com alta empregabilidade. Essas metodologias, frequentemente suportadas por laboratórios digitais, projetos interdisciplinares e simulações de mercado, promovem a integração imediata entre teoria e prática.

“Isso incentiva os alunos a aplicar conceitos em cenários contextualizados, aprimorando a capacidade de análise crítica, a tomada de decisão e a resolução de problemas complexos”, afirma Diego.

Esse modelo pedagógico cultiva a autonomia e a adaptabilidade, preparando os estudantes para a constante evolução do setor. A experiência em projetos práticos ensina a gerir eficientemente prazos, recursos e expectativas. Competências cruciais no ambiente de trabalho contemporâneo, fortemente impulsionado por tecnologia e dados.

Aprender é um ciclo contínuo

A revolução digital é dinâmica. Aprender deixou de ser um ponto final e tornou-se um processo contínuo de reinvenção. O mercado exige profissionais que revisitam seus conhecimentos, atualizam-se constantemente e conectem habilidades tradicionais a tecnologias emergentes.

Essa mentalidade impulsiona a demanda por pós-graduações e cursos de atualização que combinem conhecimento técnico e visão estratégica. Afinal, dominar ferramentas sem compreender seu impacto social e ético não é suficiente. Como destaca Osvaldo Jr, coordenador dos cursos de tecnologia da UniFECAF: “Formar profissionais para o futuro é ensinar a pensar de forma adaptável. A IA é o meio, não o fim; o que transforma o mundo são pessoas que a usam com propósito.”

 

O futuro é para quem se antecipa

A IA já não é uma promessa, é realidade. Profissionais que exploram e aplicam inteligência artificial em projetos, sejam pequenos ou corporativos, aumentam eficiência, constroem relevância e conquistam protagonismo.

Investir em formação, experimentar ferramentas e integrar a IA ao cotidiano profissional é o caminho para liderar a transformação digital, não apenas acompanhá-la. A revolução não espera, e o futuro pertence a quem se antecipa.

 

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