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Engenharia: investimento em tecnologia e pesquisa fortalece o curso

Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie recebeu mais de R$ 49 milhões para a modernização dos laboratórios e desenvolvimento de pesquisas

Publicado em 27/11/2023

por Ensino Superior

Escola de Engenharia Mackenzie Além de uma reforma completa, os laboratórios também receberam novos equipamentos (foto: divulgação)

A Escola de Engenharia (EE) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) recebeu mais de R$ 49 milhões em aportes para a modernização dos laboratórios e desenvolvimento de pesquisas. Do total, cerca de R$ 17,8 milhões foram investidos pela própria universidade entre 2022 e 2023, enquanto os outros R$ 31,2 milhões vieram de aportes de empresas privadas e agências de fomento. Para Marcos Massi, diretor da EE, o investimento é fundamental para que a instituição siga alinhada às tendências do mercado.

Marcos Massi

Marcos Massi (foto: divulgação)

Segundo Massi, seja na infraestrutura ou no âmbito das pesquisas, a constante modernização dos cursos de engenharia requer esse tipo de aporte. “Não adianta estudarmos em equipamentos que não são mais usados pelo mercado”, frisa. “Esse investimento permite que nos mantenhamos atualizados com as tecnologias presentes nas empresas e a pesquisa é uma consequência disso. Para que possamos desenvolver projetos de pesquisa de alto nível, competitivos com o mundo todo, precisamos ter os equipamentos adequados”, diz.

Além de uma reforma completa, os laboratórios também receberam novos equipamentos. A modernização atende aos oitos cursos de graduação da EE: Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia de Materiais, Engenharia de Produção, Engenharia Química, Engenharia da Computação e o curso de Química nas modalidades Licenciatura e Bacharelado.

 

Queda no interesse por Engenharia

 

Em um cenário de queda de ingressantes nos cursos de Engenharia, além de trazer mais força para a EE, a iniciativa é bem-vinda como caminho para resgatar o interesse dos estudantes na área. Em 2014, em todo o país, foram 370 mil ingressantes nos cursos de Engenharia. Já em 2021, foram 228 mil. No site do ITA, é possível verificar que o número de inscritos nos vestibulares de 2016 e 2017 ficou na casa dos 12 mil. Após uma queda significativa, os números de 2023 e 2024 ainda não voltaram aos patamares anteriores, 9.364 e 11.135, respectivamente.

Na EE do Mackenzie, também houve baixa de ingressantes  no período da pandemia, mas a instituição tem se recuperado com o passar dos semestres. “No primeiro semestre deste ano, por exemplo, tivemos um aumento de 24% em relação ao mesmo período de 2022”, afirma Marcos. O investimento também visa a captação de alunos.

 

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Marcello Nitz, pró-reitor acadêmico do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), afirma que a queda nos números se deve a diversos fatores, como a situação econômica e a redução do acesso a financiamento estudantil. “Na Mauá, temos experimentado estabilidade no número de ingressantes desde 2020, o que é um bom desempenho em comparação à média nacional, tendo em vista que a procura por cursos presenciais de engenharia no Brasil ainda está em queda. O engenheiro é dotado de competências essenciais e muito valorizadas no mundo do trabalho”, comenta.

Marcos Kutova, atual secretário de planejamento e desenvolvimento institucional da Puc-Minas, diz que, nos últimos dois anos, vem crescendo o interesse pelos cursos de informática e psicologia, com retração das engenharias. “A primeira interpretação para esse fato: para os estudantes que vão para as exatas, tanto faz engenharia ou computação, mas a computação traz mais possibilidades, é trabalho remoto, mais confortável, com formação mais rápida e salários mais altos.”

 

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