NOTÍCIA
Estudantes são desafiados a resolver problemas das comunidades, como o descarte do resíduo do coco, na Amazônia, e a secagem de fibra de bananeira, em região da Mata Atlântica
Publicado em 03/12/2024
O triturador automatizado transforma resíduo de coco em fibra, na ilha de Cotijuba, na Amazônia Paraense. E a estufa inteligente acelera a secagem de fibra de bananeira, em Miracatu, interior de São Paulo. Estes são os resultados das iniciativas de estudantes do Centro Universitário Facens, em Sorocaba, SP, e do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), no contexto do projeto Florestas Inteligentes.
Os grupos das duas IES são interdisciplinares, com a presença de alunos dos cursos de direito, engenharia de produção, psicologia, ciência e engenharia da computação, engenharia química e análise e desenvolvimento de sistemas. O envolvimento vai desde a concepção do produto à implantação.
Mônica Silva, coordenadora de Projetos do Ecossistema de Inovação e Sustentabilidade do Cesupa, explica que o objetivo é o desenvolvimento de ações com foco na economia e na sustentabilidade. “As equipes são desafiadas a pensarem e implementarem soluções sistêmicas que efetivamente impactem a comunidade, com a bioeconomia como pilar central.”
O triturador automatizado, desenvolvido para a Cooperativa de Trabalho Ambiental da Ilha de Cotijuba pelos alunos do Cesupa, evita o descarte inadequado do resíduo do coco, que leva 12 anos para se decompor na natureza. Com a tecnologia, o resíduo se transforma em produtos como adubo e componente para peças artesanais, além da venda in natura para produção em escala de tapetes e vasos.
A estufa inteligente foi desenvolvida pelos alunos da Facens para as artesãs da Associação Banarte, que tinham dificuldade no processo de secagem da fibra de bananeira por causa do clima da região. As artesãs produzem e comercializam suas peças em loja própria, e em redes nacionais e internacionais, como a Tok Stok.
A iniciativa reúne sustentabilidade e impacto social, além de promover aprendizados reais para os universitários, ao resolverem desafios específicos das comunidades, conforme explicou Vitor Belota, gerente de Sustentabilidade e Educação Inovadora da Facens.
O Florestas Inteligentes está alinhado a três Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): trabalho decente e crescimento econômico, cidades e comunidades sustentáveis e consumo e produção responsáveis. Tem o apoio da Alcoa, da Reservas Votorantim, da Munskjö e da Veolia.
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O Prêmio Adelmo Genro Filho, da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), que reconhece a excelência de trabalhos acadêmicos voltados para o estudo do jornalismo no Brasil, foi concedido ao grupo de pesquisa Tecnologias da comunicação e formação em jornalismo, da Uninter, na categoria pesquisa aplicada. O trabalho premiado foi o OPAJor: plataforma de publicações de pesquisa aplicada em jornalismo no Brasil.
O projeto teve início em 2022 e reuniu estudantes da Uninter, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e da Universidade de Coimbra. A plataforma OPAJor investiga a relação entre a formação de futuros jornalistas e o uso de ferramentas das Tecnologias da Informação em Comunicação (TICs).
A base de dados da plataforma reúne 84 revistas científicas, 64 programas de pós-graduação e cinco eventos científicos nas áreas de jornalismo e comunicação. Até o momento, foram cadastradas mais de 120 produções, categorizadas por autoria, ano, localização, instituição e tipo de pesquisa. O foco são pesquisas realizadas de 2010 a 2023.
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De acordo com o relatório Elsevier-Bori Em direção à equidade de gênero na pesquisa no Brasil, lançado em março deste ano e divulgado pela Agência Bori, “a participação de mulheres na ciência como autoras de publicações científicas no país cresceu 29% nos últimos vinte anos. Em 2022, 49% da produção científica brasileira tem pelo menos uma mulher entre os autores. O Brasil ocupa, hoje, a terceira posição de países com maior participação feminina na ciência, entre nações analisadas (18 países mais a União Europeia), — ficando atrás, apenas, da Argentina e de Portugal, que têm, cada um, 52% de publicações científicas com autoras mulheres.”
Conheça o relatório: Em direção à equidade de gênero na pesquisa no Brasil