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Uniso mobiliza a comunidade acadêmica para se reinventar

Instituição de Sorocaba cria o marco Innovation Year 2020 e estabelece metas e planos para se tornar um polo de inovação

Publicado em 21/04/2020

por Redação Ensino Superior

Uniso-inovacao Novos espaços de aprendizagem: ambientes pensados para motivar os alunos e facilitar realização de projetos mão na massa

O ano de 2020 será um divisor de águas na trajetória da Universidade de Sorocaba (Uniso). Essa é a expectativa da instituição com a criação do Innovation Year 2020, um programa colaborativo para a discussão de melhorias que possam ser aplicadas em todos os âmbitos da universidade, desde a gestão administrativa às práticas acadêmicas. “Nós já estávamos realizando inciativas de inovação, mas eram iniciativas isoladas. Estava faltando uma fundamentação técnica e teórica para trabalhar o assunto”, conta o reitor Rogério Profeta.

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O programa será implementado em diversas fases ao longo de um período de 18 meses – e mesmo com a quarentena, ele não parou. “Acabamos de realizar uma ampla reunião virtual. Os programas continuam funcionando”, assegura. Uma das metas de curto prazo do Innovation Year é implantar uma incubadora na universidade para concretizar ideias “inovadoras e promissoras”.

comunidade acadêmica
Novos espaços de aprendizagem: ambientes pensados para motivar os alunos e facilitar realização de projetos mão na massa

Em um prazo de cinco anos, a perspectiva é ter um parque tecnológico instalado. “Queremos mostrar para as pessoas de fora da universidade qual é a nossa capacidade técnica. O objetivo é que elas venham e usem a nossa estrutura e, para isso, faremos um chamado para a comunidade. Temos cursos em todas as áreas do conhecimento e em todas elas nós temos um mestrado e doutorado. Temos pesquisadores dentro da universidade, e eles estão aptos a fazer qualquer ação”, ressalta o reitor.

Mão na massa

Nos espaços de aprendizagem, o programa vai dar continuidade ao Hands On, iniciativa criada há 2 anos para tornar o ensino mais significativo e engajador. Ele envolve a realização de projetos e discussões palpáveis a partir da formação de grupos multidisciplinares. Nesse sentido, alunos das engenharias, das licenciaturas e dos cursos de artes, por exemplo, têm a oportunidade de trabalhar em conjunto e aprender entre si. “A formação de grupos ecléticos para tratar de um problema traz à tona perguntas que especialistas não fariam entre si. É justamente isso que estamos estimulando”, relata.

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Profeta conta que o Hands On foi a primeira grande inovação acadêmica adotada pela instituição, mas antes disso a Uniso já estava estudando há tempos o tema. Desde 2014, a agenda de visitas técnicas a instituições de ponta foi intensificada, bem como a realização de pesquisas por membros da universidade, incluindo a própria reitoria. “Estivemos nos cinco continentes e de cada um deles nós extraímos elementos para os nossos direcionamentos. Criou-se um substrato para as nossas linhas norteadoras”, descreve.

Para citar um exemplo, o reitor menciona a capacidade da Uniso de realizar testes para diagnosticar o novo coronavírus a um custo muito inferior ao praticado no mercado. “Poderíamos dar apoio ao poder público. Temos equipamentos, tecnologia, professores especialistas. Só precisaríamos comprar alguns insumos”, diz.

Corpo docente

Como parte das ações do Innovation Year 2020, os professores passarão por uma nova rodada de formação continuada. A prática, aliás, não é nova. Segundo o reitor, há pelo menos 10 anos os professores são alvo de programas que os ensinam a usar novas metodologias, a trabalhar com abordagem de situações-problema e a empregar o design thinking, para citar alguns exemplos.

Em paralelo com essas ações, a Uniso ainda promoveu uma revisão dos espaços de aprendizagem. Dezenas deles já foram reformados para se tornaram mais atrativos. “O saber precisa andar pari passu com o prazer. A decisão de tornar os espaços mais leves e agradáveis não vem de uma proposta ideológica. Existe comprovação científica de que o cérebro funciona melhor quando há prazer”, ressalta.

Os novos ambientes também foram pensados para atender os diferentes propósitos pedagógicos. Caso o professor queira simular um laboratório ou um escritório, ele conseguirá fazer isso sem dificuldade, garante o reitor.

Da parte dos alunos, os relatos apontam para uma aprovação do modelo. Rogério Profeta afirma que eles têm ganhado um protagonismo cada vez maior e isso tem incentivado uma participação mais intensa nas aulas. A suspensão das aulas presenciais em função da pandemia da covid-19 confirmou esse nível de engajamento.

“As experiências desse período têm sido fantásticas. Os alunos estão desenvolvendo  ideias, apontando situações novas para serem analisadas. Percebemos que podemos e precisamos usar mais e mais a tecnologia”, finaliza.

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Autor

Redação Ensino Superior


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