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Desafios concretos

No curso de design da ESPM, estudantes têm aulas com a metodologia Aprendizagem Baseada em Projetos

Publicado em 24/04/2017

por Redação Ensino Superior

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Para criar a identidade visual de uma empresa que trabalha com ouro em pó colorido, é preciso ter noções de mineralogia? Para Ana Lúcia Lupinacci, professora e diretora do curso de design da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), sim. Este é um aprendizado lateral que complementa, no caso, os conhecimentos de teoria e prática de mercado.

A abordagem multidisciplinar que faz em suas aulas tem um nome: Aprendizagem Baseada em Projetos (ou Aprendizagem por Projeto). Trata-se de uma metodologia ativa que desenvolve competências e habilidades nos alunos estimulando-os a desenvolver produtos tangíveis. No caso do curso de design, logotipos, cores, tipografias, sites e artigos de papelaria, para citar alguns exemplos. Os estudantes são levados a identificar um sentido para procurar e selecionar informações, relacionar o que descobrem com o que já sabem, compartilhar ideias e interagir com os colegas e professores para alcançar o objetivo traçado.

De acordo com Ana Lúcia, o método se distingue das aulas convencionais tanto na forma como no conteúdo: “A ABP requer pesquisa de campo dentro de uma abordagem multidisciplinar; supõe cumprir prazos, articular concepção e processo e trabalhar com comprometimento, de forma participativa. O aluno precisa ter aderência ao curso e o professor, maturidade e uma visão de futuro inserida nas suas aulas”.

As salas, que comportam no máximo 30 alunos, contemplam muita mobilidade do mobiliário, descreve ainda a docente. Elas são híbridas, têm computadores, mesas de desenho, lousas na frente e atrás dos alunos e espaços para reuniões. Não são estáticas como nas aulas expositivas. “Diariamente, durante quatro horas seguidas, mudamos várias vezes de atividade e, portanto, de ambiente – daí a importância de vencer, antes de tudo, o preconceito e aprender a gerenciar o tempo: ao passar de um lugar para o outro, em momento algum a classe está fazendo bagunça”, analisa Ana Lúcia.

Proposta na primeira metade do século 20 pelo pedagogo norte-americano John Dewey e trazida ao Brasil nas traduções do educador Anísio Teixeira, nos anos 1930, a ABP às vezes é confundida com uma metodologia similar, a Aprendizagem Baseada em Problemas (veja na pág. 29). A diferença central está no fato de que, na ABP, a meta não é a solução de um problema, mas de um propósito concreto.

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Redação Ensino Superior


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