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Lógica inversa

Faculdade Una Bom Despacho foi uma das primeiras instituições brasileiras a construir uma Sala de Aula Invertida

Publicado em 24/04/2017

por Redação Ensino Superior

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O jeito norte-americano de ensinar, praticado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), se encontra também no centro-oeste mineiro. Uma das primeiras instituições brasileiras a construir uma Sala de Aula Invertida, há cerca de quatro anos, a Faculdade Una Bom Despacho oferece aprendizado por meio de metodologias ativas em diferentes disciplinas de mais de 50 cursos de graduação e perto de 60 cursos de pós-graduação.

Ali, o aprendizado clássico foi virado de ponta-cabeça: em casa, os alunos estudam os conteúdos curriculares definidos e, na classe, eles têm encontros com os professores e colegas para tirar dúvidas e fazer exercícios.

“Como boa parte da carga horária dessas disciplinas acontece de forma não presencial, lançamos mão dos 20% a distância permitidos pelo MEC”, explica o diretor acadêmico Gustavo Hoffmann, “e oferecemos aulas presenciais, quinzenais, com duração de duas horas-aula para as disciplinas de 40 horas e quatro horas-aula para as disciplinas de 80 horas.”

Nesse modelo híbrido, as aulas às quais os estudantes devem comparecer acontecem em ambientes especiais que em nada lembram as classes convencionais. Os alunos trabalham em mesas redondas e resolvem problemas com o apoio dos colegas e do professor. “A capacidade média das salas de metodologias ativas é de 90 alunos, como acontece nas melhores universidades do mundo, incluindo Harvard”, descreve.

Quanto ao conteúdo digital, este é disponibilizado na plataforma Blackboard. No início do semestre, os alunos recebem um cronograma definindo as atividades que devem ser realizadas no ambiente virtual. Essas tarefas envolvem videoaulas, desafios de aprendizagem, leitura de textos, lista de exercícios e participação em fóruns de discussão, entre outras. A cada 15 dias estão previstos encontros presenciais, durante os quais não são ministradas aulas expositivas. É quando os alunos são submetidos a outras metodologias ativas, como o Peer Instruction e o Team Based Learning.

A proposta de ensino tem vários pontos positivos, segundo Hoffmann. Um deles é garantir “o acesso ao conteúdo em qualquer hora, em qualquer lugar”. Afirmando que os resultados são animadores, ele explica que ,utilizando os mesmos critérios de avaliação do sistema tradicional, a taxa de reprovação praticamente zerou.

Ponto negativo: o novo modelo ainda carece de um corpo docente estruturado, capaz de aplicá-lo em sala de aula. “Além de desenvolver as competências técnicas, estamos falando de uma mudança cultural que demandará algum tempo para prevalecer”, avalia.

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Redação Ensino Superior


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