Notícias

João Carlos Di Genio, um dos visionários da educação brasileira

Fundador do grupo Unip/Objetivo e de escolas para crianças superdotadas, faleceu de causas naturais em 12 de fevereiro, a poucos dias de completar 83 anos

Publicado em 14/02/2022

por Redação Ensino Superior

João Carlos Di Genio_reprodução Unip Foto: divulgação/Unip

“O Brasil acordou menos inteligente hoje”, lamentou Chaim Zaher, presidente do Grupo SEB (Sistema de Ensino Brasileiro) no último sábado, 12, ao saber da morte do amigo e concorrente, João Carlos Di Genio. Um dos principais nomes do ensino superior brasileiro faleceu aos 82 anos, de causas naturais, em sua residência no Jardins, zona oeste de São Paulo, deixando parentes, amigos e um legado de inovação e ampliação do acesso à educação.

Leia: Acesso à educação superior deve ser prioridade em 2022



Graduado em medicina pela USP, Di Genio não exerceu a carreira: pôs-se a dar aulas de física quando ainda estava no curso e logo se uniu a professores e colegas para iniciar em 1971, o próprio curso preparatório, Madureza Santa Inês, e depois o Objetivo, que cresceria e viraria colégio, faculdade e mais tarde, daria origem à Unip, em 1988.

Legado para a educação brasileira

Joao Carlos Di Genio
Joao Carlos Di Genio na década de 1970 (Foto: reprodução/Jornal Aqui São Paulo)

Lembrado por valorizar a ciência, tecnologia e criatividade, foi o primeiro a inserir o vídeo em aulas, por meio da televisão, ainda na década de 1970. E no início dos anos 1990, ofereceu aulas por satélite a estudantes de todo o Brasil e também por telefone, via ondas de rádio, até a chegada da internet, recursos que encontrou para viabilizar o ensino a distância utilizados pelo Objetivo desde a década de 1980.

“Triste. Pioneiro e visionário de fato ao em trazer para o brasil tecnologia de ponta pra ser aplicada nas salas de suas instituições”, diz Paulo Cardim, reitor do Centro Universitário Belas Artes, em São Paulo.

Seu espírito inovador se estendia à realização de pesquisas junto aos alunos, que demonstravam as próprias preocupações com o futuro do planeta e queriam desenvolver arte e ciência no país. Também deu atenção especial às crianças superdotadas e altamente habilidosas, pois dizia que a inteligência e os talentos deveriam ser tratados como a riqueza de uma nação.

A presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, também se manifestou em nome de toda a diretoria da entidade. “Lamentamos a morte do professor Di Genio, cuja contribuição para o desenvolvimento da educação superior brasileira foi inegável. Como mantenedor, ele deixa um importante legado para o setor privado. Gostaria de manifestar nossos votos de conforto e solidariedade aos seus familiares e amigos”.

José Carlos Di Genio foi sepultado na tarde de ontem, 13, no Cemitério Araçá, na Zona Oeste de São Paulo. Ele deixou a esposa e três filhos adolescentes.

Leia também

Autoavaliação na Colômbia exigiu reformulação de normas educacionais

Autor

Redação Ensino Superior


Leia Notícias

pexels-thisisengineering-3861969

Inteligência artificial pede mão na massa

+ Mais Informações
pexels-george-milton-6953876

Mackenzie cria estratégia para comunicar a ciência

+ Mais Informações
doc Araribá unisagrado

Projeto do Unisagrado na Ti Araribá faz 26 anos e ganha documentário

+ Mais Informações
pexels-andrea-piacquadio-3808060

Mais de 100 IES foram certificadas com selo de incentivo à Iniciação...

+ Mais Informações

Mapa do Site