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Ensino 223

Falta diversidade nas melhores universidades americanas

Levantamento mostra que, mesmo com ações afirmativas, a presença de negros e hispânicos não evoluiu nas melhores universidades dos Estados Unidos

Publicado em 31/10/2017

por Redação

Negros e hispânicos em universidades americanas Nos Estados Unidos, a presença de alunos negros e hispânicos nas universidades de ponta segue em baixa

Nos Estados Unidos, a presença de alunos negros e hispânicos nas universidades de ponta segue em baixa

Mesmo com ações afirmativas, a presença de negros e hispânicos não evoluiu nas melhores universidades americanas. A conclusão é do jornal The New York Times, que analisou uma série de dados coletados de 1980 até os dias de hoje.

Ao longo desse período, a presença de calouros negros nas escolas de elite se manteve praticamente inalterada. Eles representam apenas 6% do total de calouros, embora respondam por 15% dos jovens americanos em idade de cursar o ensino superior.

Já a presença de hispânicos entre os calouros aumentou, mas não no mesmo ritmo da expansão de sua população nos Estados Unidos. Nas instituições de ponta, eles detêm uma fatia de 13% no total de calouros e de 24%
no total de jovens em idade universitária. Há um gap de 9 pontos entre os dois universos, enquanto há 35 anos essa distância era de 3 pontos.

A análise do NYT cobre 100 instituições e também mostra que, por outro lado, o número de estudantes negros e hispânicos aumentou nas escolas menos seletivas. De acordo com os especialistas ouvidos, o problema se deve à desigualdade de oportunidades que marca a vida desses alunos desde o início de suas trajetórias escolares.

Um dado levantado pela reportagem mostra que as escolas de ensino básico com grande número de negros e hispânicos têm menor probabilidade de contar com professores qualificados, cursos avançados, infraestrutura de alta qualidade e condições adequadas.

Há, portanto, uma cascata de obstáculos que contribui para diminuir a representação do grupo nas melhores universidades, como definiu David Hawkins, diretor-executivo da National Association for College Admission Counseling.

No recorte que mostra apenas os dados da Ivy League (grupo que reúne as universidades Harvard, Princeton, Yale, Brown, Columbia, Cornell, Pensylvania, além de Dartmouth College), os mesmos resultados são observados, mas outro detalhe chama a atenção: a diminuição dos estudantes brancos e o crescimento dos asiáticos.

Estes últimos, aliás, têm alegado que instituições como Harvard estão estabelecendo políticas discriminatórias para impedir que a representação deles aumente ainda mais. Um grupo de estudantes, aliás, está movendo uma ação contra Harvard, que em nome de garantir a diversidade de estudantes, estabeleceu regras que acabaram prejudicando o acesso dos asiáticos. A ação será analisada pela Suprema Corte.

 

Leia também: Universidades americanas estão de olho na renda dos egressos

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Redação


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