NOTÍCIA
Tecnologia foi desenvolvida pela brasileira e-Campus e conta com apoio do Google. Principal objetivo é prevenir a evasão dos alunos e apoiar métodos de aprendizagem inovadores
Publicado em 03/05/2019
Para quem acha que a educação é atrasada em relação à inclusão tecnológica, precisa conhecer as novidades que estão sendo apresentadas pelas edtechs, como são chamadas as startups que atuam no setor educacional.
A e-Campus, por exemplo, chegou ao mercado este ano com um produto em inteligência artificial que, por meio de câmeras, reconhece os alunos e ainda capta suas emoções e níveis de atenção.
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Segundo o fundador e CEO da e-Campus, Rufo Paganini, cerca de 20% do período nobre da aula é perdido com a chamada. A tecnologia acaba com esse problema, pois consegue checar automaticamente a presença dos estudantes.
Outra grande vantagem é a possibilidade de mensurar a eficiência dos métodos educacionais por meio da análise do comportamento dos alunos. Ao agrupar todos os dados, por meio de métodos machine learning, o e-Campus ainda recomenda trilhas para os gestores evitarem a evasão.
A edtech participou de um programa de aceleração de startups da Visa, por meio do qual repensou as formas de inovar e transformar o ambiente educacional. Outra parceira é o Google, que apoia em infraestrutura de redes neurais e inteligência artificial.
O CEO critica a escolarização tradicional, baseada na memorização de dados, e não no desenvolvimento de seres pensantes criativos. Porém, a equipe da startup acredita que esse cenário está mudando com a disseminação de metodologias ativas, inovadoras e dinâmicas – e é nesse processo de transformação que o e-Campus pretende participar ativamente.
“É uma guerra que não fomos os únicos a comprar. Diversos empreendedores globais assumiram esse desafio de construir uma nova fase para a educação. Entendemos que a nossa tecnologia poderá avaliar todas essas experimentações de aprendizagem, identificando quais são mais eficazes”, revela.
Com mais de 15 anos de experiência com inovações tecnológicas em startups e grandes companhias como Vivo e Petrobras, Paganini busca personalizar soluções para seus clientes. “Acreditamos que a tecnologia é um meio para tocar e transformar o mundo, e o caminho é a educação”, diz.
A startup surgiu de dentro da DOD Vision, empresa focada em investimentos realizados por robôs, também fundada por Rufo. Hoje o e-Campus conta com a PUC Paraná, Unipar (Universidade do Paraná) e Grupo Marista entre seus clientes. O fundador alerta que muito se fala em inovação, mas nem todas as instituições, de fato, têm coragem de abraçar novos modelos e mergulhar em um universo de inovação para repensar a forma de ensino.
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