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Notícias

Há pais e pais

Alguns se aliam a "dadores" de aulas; outros rompem inércias

Publicado em 10/09/2011

por José Pacheco

"Penso na Ponte e pergunto: por onde começar? Por que não conseguimos que as nossas iniciativas tenham concretude? Com a autonomia conquistada, como é vista a Escola da Ponte pelo sistema educacional português? As demais escolas reconhecem a Ponte como um projeto de sucesso, que atravessa continentes?"
Foi o Wilson que respondeu a essas interrogações: "A Ponte foi a primeira escola a assinar um contrato de autonomia com o Ministério da Educação. E não existem modelos para isso. O modelo está sendo construído pela Ponte. Em Portugal, a Ponte permanece ainda um pouco invisível, o que tem seu lado positivo. A visibilidade que ela ganhou teve como um dos resultados uma certa perda da tranqüilidade. São muitos visitantes, diariamente. Isso chama a atenção e atrai invejas e ciúmes de outras escolas que não atraem ninguém."
Já se agrediu muito a Ponte por inveja. Panfletos foram lançados em frente à escola, fazendo acusações infundadas, maledicências, pura maldade. Artigos anônimos publicados em jornais locais repetiam a mesma agressividade. Mas a fama da Ponte lentamente se espalha e já há em Portugal quem deseje fazer mudanças nas suas escolas, inspiradas nesse trabalho. Porém, em geral, os portugueses não sabem da jóia escondida na Vila das Aves.
A resposta do Wilson evidencia a atualidade do provérbio "santos da porta não fazem milagres". Ao longo de décadas, a Ponte foi alvo de diversos "atentados", mas resistiu. Assistiu ao fim de muitos projetos e viu os autores desses projetos – os mais nobres professores que conheci, os mais capazes, os mais sonhadores – serem perseguidos e destruídos. "In the presence of greatness, pettiness disappears. In the absence of a great dream, pettiness prevails." [Na presença de grandeza, a mesquinhez desaparece. Na ausência de um grande sonho, a mesquinhez prevalece.

Começar um projeto é fácil. Preciso é saber traçar mapas para que a navegação escape aos baixios e escolhos, preciso é encontrar uma gramática da sobrevivência, num mar povoado de monstros.
As escolas poderiam ser espaços de exercício de uma fraternidade redentora. Mas, nas escolas que ainda vamos tendo, o leão não aprendeu a pastar com o cordeiro. E, quando professores ousam agir, é freqüente ver que o homem ainda é o lobo do homem.
Resta saber que a Ponte vai criando raízes em lugares onde eu nem sonhava haver terra fértil. A Aurora enviou-me um e-mail: "Escutei a sua palestra. Não entendo como pode ir para o estrangeiro, sabendo que precisamos desesperadamente de ajuda. Em Portugal, a Ponte também é respeitada pelas pessoas que estão verdadeiramente empenhadas na educação dos seus filhos. O que eu mais gostaria de ensinar aos meus filhos é que o infinito está onde nós quisermos."
O Wilson e a Aurora não são professores. O Wilson mora em Natal, no Brasil. É pai da Stella, que foi aluna da Escola da Ponte. A Aurora mora na cidade do Porto, em Portugal. É mãe de duas crianças e tenta ajudar os professores da escola dos seus filhos, na busca de caminhos novos.

Há pais e pais. Há os que reforçam a mesmice e se aliam a "dadores" de aulas, para destruir projetos. E há os que apóiam professores que arriscam rupturas e interpelam inércias.


José Pacheco

Educador e escritor, ex-diretor da Escola da Ponte, em Vila das Aves (Portugal)



josepacheco@editorasegmento.com.br


Autor

José Pacheco


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