Revista Ensino Superior | O valor do profissional - Revista Ensino Superior
Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Bem, cookies para exibir.

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Bem, cookies para exibir.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Bem, cookies para exibir.

NOTÍCIA

Setor

O valor do profissional

Instituições buscam formas de motivar e reter quadro funcional em meio à crise econômica; pesquisa do Semesp propõe mapeamento das práticas e de suas tendências

Publicado em 07/11/2016

por Tânia Fernandes

destaque-o-valor-do-profissional

Com as taxas de matrícula nas graduações em baixa – dados recentes divulgados pelo Semesp preveem que o país feche o ano com 5,65 milhões de matrículas na rede privada de ensino superior, contra 5,67 milhões de inscrições em 2015 – e uma crise econômica que pode levar muitos alunos a desistir da faculdade, é fundamental ter uma estratégia eficiente de gestão financeira. E como nas IES a folha de pagamento pode representar até 60% dos gastos, é preciso responsabilidade e controle rigoroso dos recursos para pagar os funcionários e ficar longe de dores de cabeça devido a problemas trabalhistas.

Nesse cenário, não basta apenas cortar custos. Segundo especialistas, a rede particular também precisa continuar a investir no quadro docente para manter a qualidade e a competitividade com vistas à atração de novos alunos. Mas como fazer isso em um período difícil até para oferecer aumentos salariais e ampliar os benefícios?

Essa é uma tarefa que exige conhecimento de ações e processos do mercado. Uma nova pesquisa do Semesp pretende mapear justamente as práticas de remuneração de profissionais no ensino superior privado. O estudo, que terá resultados divulgados na íntegra em fevereiro de 2017, inclui remuneração e benefícios pagos a funcionários corporativos, da área de educação (como secretaria e apoio ao aluno) e docentes e coordenadores de curso. “É uma pesquisa que compreende todo o corpo docente e cargos de apoio acadêmico, além dos cargos de mercado”, conta Paula Lorenzi, gerente da Korn Ferry, empresa de consultoria responsável pelo estudo.

Para a consultora, há um movimento crescente de profissionalização das instituições de ensino superior no Brasil, que inclui todas as áreas de atuação dentro das universidades. “Prestamos serviços para diversos grandes grupos educacionais e observamos essa profissionalização aumentando nas instituições de ensino privadas. Quem exerce cargos no mercado, como na área de finanças, por exemplo, é cada vez mais solicitado para ser um profissional docente”, diz.

Nesse cenário, saber, por exemplo, quanto ganha um profissional da área financeira, de contabilidade ou em outras áreas que não a educação pode ter um grande valor de decisão para as instituições de ensino superior decidirem a melhor forma de remunerar seus funcionários. “[Devemos nos perguntar] será que o plano já não é muito antigo e eu poderia rever essas funções? A ideia da pesquisa é que traga subsídio para todos, para que possam enxergar novas realidades e abrir horizontes. É importante maximizar a eficiência na gestão de recursos”, afirma Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp.

Segundo Paula, mesmo a partir de orientações e nivelamentos salariais com base no mercado de trabalho, é normal que “as práticas de remuneração de professores nas diversas instituições variem muito”. “Há quem remunere a hora-atividade e há quem ainda pague somente a hora-aula”, destaca.

01-o-valor-do-profissional

Motivar e beneficiar
Segundo Denise Delboni, coordenadora do curso de direito empresarial do trabalho da FGV (Fundação Getulio Vargas) e professora de pós-graduação na mesma instituição, a atual baixa na taxa de empregabilidade faz com que não haja espaço para políticas superatrativas de remuneração. Porém, algumas instituições vêm encontrando formas criativas para atrair e reter profissionais. “Em época de crise, em que não posso aumentar salários, nada impede que eu ofereça outros incentivos. Investindo em projetos, possibilito que o professor tenha um repertório melhor para qualificar o aluno. É barato e mantém a fidelidade do professor para com a instituição de ensino”, diz a professora.

02-o-valor-do-profissional

Muitas IES estão compensando as perdas de recursos devido à baixa nas matrículas da graduação, em parte, com a ampliação de cursos de pós-graduação, em especial os lato sensu, que atraem pessoas que, geralmente, estão empregadas de forma sólida. “Mesmo assim, a ordem do dia é investir em qualidade e ao mesmo tempo economizar custos, até porque as turmas dos cursos de pós-graduação costumam ser menores”, lembra.

Outras instituições vêm aumentando o número de projetos em que o professor pode participar como forma de motivar o profissional no emprego. “Como os salários não estão aumentando muito, os professores e coordenadores de curso podem ganhar uma remuneração extra nos projetos”, diz Denise.

Há ainda IES que criam novas linhas de pesquisa, negociam parcerias em projetos internacionais e estimulam que os docentes façam doutorado. “Há cada vez mais professores mestres e doutores nas universidades privadas, o que em parte é um reflexo da demanda e da oferta”, afirma Paula, da Korn Ferry.

Práticas de remuneração nas IES: metodologia da pesquisa
A metodologia utilizada pela empresa de consultoria Korn Ferry para a realização do estudo inclui não somente a consideração do salário básico pago ao quadro funcional pelas IES, como também benefícios e adicionais oferecidos. Planos de saúde e auxílio-alimentação também devem ser contemplados na pesquisa. Além disso, será feito um comparativo regional para ver como se situa cada instituição com relação às políticas voltadas aos recursos humanos.

“Destrinchando a remuneração, temos B – Salário Básico, SB – Salário Base (inclui adicional de periculosidade), TD – Total em Dinheiro (que é o SB + incentivos a curto prazo pagos) e o TDA – Total em Dinheiro Alvo (SB + incentivos a curto prazo-alvo)”, diz Paula Lorenzi. A partir dessa divisão, segundo a responsável pela pesquisa, será feita uma tabulação qualitativa. “Ou seja, será levada em conta a política de gestão das instituições para com seus professores e coordenadores de curso”, completa.

As instituições de ensino que participarem da pesquisa irão receber dados quanto às formas de remuneração praticadas pela IES, um relatório descritivo e uma apresentação gerencial.
Os dados serão tabelados da seguinte maneira: comparativo de remuneração de cada cargo (formato Excel), posicionamento regional e por porte onde houver amostra suficiente de informações, posicionamento em relação ao mercado geral por nível hierárquico, remuneração variável e o comparativo de remuneração Semesp versus mercado geral.

Já o relatório conta com: etapas do projeto e metodologia, perfil das instituições de ensino participantes, políticas, práticas e compilação de remuneração, análise qualitativa detalhada dos benefícios praticados, análise dos resultados de mercado.

Interessados têm até o dia 30 de setembro para solicitar inscrição como participantes da pesquisa por meio do e-mail renata@semesp.org.br

Autor

Tânia Fernandes


Leia Setor

Foto cortada para site

Desafios da educação superior no pós-pandemia

+ Mais Informações
IES particulares - censo inep atualizado 2020-2022

86% dos ingressantes de 2020 foram para IES particulares

+ Mais Informações
João Carlos Di Genio_reprodução Unip

João Carlos Di Genio, um dos visionários da educação brasileira

+ Mais Informações
Universidad_de_los_Andes

Autoavaliação na Colômbia exigiu reformulação de normas educacionais

+ Mais Informações

Mapa do Site

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.