A informação é do IBGE, que também apresenta que mais da metade da população desocupada é composta por jovens de 16 a 29 anos
Publicado em 08/12/2018
Confirmando os grandes contrastes sociais do Brasil, um relatório recém-divulgado pelo IBGE mostra que a quantidade de estudantes de escolas privadas (79,2%) que ingressaram em 2017 no ensino superior é duas vezes maior que a dos alunos da rede pública (36%).
As informações estão no documento Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira, que retrata a realidade social do país com base em estudos como os da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) de 2016.
Sobre as políticas de acesso à educação, o documento mostra que de 2009 a 2016, as matrículas por cotas no ensino superior público triplicaram (1,5% para 5,2%). No mesmo período, na rede particular, o percentual de matrículas com ProUni aumentou 28,1% (5,7% para 7,3%).
Trabalhadores com diploma ganham mais que o dobro daqueles com menos instrução, segundo os dados do IBGE, e a participação no mercado de trabalho dos profissionais com nível superior completo ou mais aumentou 27,4% entre 2012 e 2016. Em contrapartida, o ingresso daqueles com menos nível educacional diminuiu.
Em 2016 grande parte dos serviços estavam concentrados em profissionais com ensino médio completo e superior incompleto. Os setores que possuem mais trabalhadores com nível superior completo são os de educação, saúde e serviços sociais (52,7%). Já agropecuária, construção civil e serviços domésticos são os que apresentam profissionais com menos acesso à educação.
Vale ressaltar que a proporção de gênero com ensino superior completo é maior entre as mulheres (23,8%) comparado aos homens (14,4%).
Em relação à população desocupada, mais da metade (54%) são jovens de 16 a 29 anos. Desse grupo, o Amapá é o estado com a maior taxa (29,2%).
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