NOTÍCIA
Realizado pela Fundação Carlos Chagas, a iniciativa busca valorizar práticas didáticas que aproximem os futuros professores do ambiente escolar
Publicado em 01/07/2019
Voltado à valorização e divulgação de experiências positivas de docentes que dão aula em cursos de Licenciatura, o Prêmio Professor Rubens Murillo Marques, da Fundação Carlos Chagas (FCC), recebe inscrições até 29 de julho.
A iniciativa destaca práticas didáticas que contribuam com a aprendizagem da docência e aproximem os futuros professores do ambiente escolar, uma vez esse fator ainda é um dos principais desafios dos cursos de formação.
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Nesta 9ª edição, podem concorrer projetos desenvolvidos e concluídos em 2018 e 2017. Três premiados receberão R$20 mil e um troféu réplica de uma arte de Vera Lucia Richter. Vencedores de outras edições não podem participar.
A seleção será feita por especialistas na área de formação docente do projeto inscrito. Vale lembrar que o Prêmio Professor Rubens Murillo Marques é o único no Brasil voltado à área.
As edições anteriores receberam mais de 470 trabalhos e reconheceram 24 docentes de instituições públicas e privadas de 11 estados brasileiros. “Os premiados tiveram a oportunidade de registrar e compartilhar suas vivências, potencializando o sentimento de que há caminhos possíveis e alternativas diversas no contexto da formação inicial de professores”, revela Patrícia Albieri de Almeida, pesquisadora da FCC e uma das coordenadoras do Prêmio.
Os problemas na formação inicial de professores são muitos. De acordo com um estudo realizado pela FCC e Unesco, os cursos de Pedagogia e Licenciaturas sofrem com altas taxas de evasão e baixa atratividade. A carreira docente também não é valorizada no Brasil, como mostrou a pesquisa global da Varkey Foundation.
Apesar disso, muitos professores se dedicam à melhoria da formação docente, como é o caso de Thaís Lobosque Aquino, uma das premiadas da 8ª edição pelo seu projeto Música, estágio e pesquisa: ações formativas com o tema mulheres na música.
“Como professora de uma universidade do interior do Brasil, fiquei muito feliz com o reconhecimento. Talvez a nossa luta esteja nessa direção agora: trazer à tona essas vozes que seguem silenciadas por alguma ou diversas razões”, afirma a docente, que atua na Escola de Música e Artes Cênicas (EMAC) da Universidade Federal de Goiás (UFG).
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