NOTÍCIA
Formação continuada e a aprendizagem baseada em competências atreladas à inteligência artificial, desenvolvem habilidades mais afinadas com necessidades de mercado. E pode reter mais alunos
Publicado em 07/10/2021
A mudança de mentalidade voltada para o aprendizado constante é uma cultura que vem caminhando há alguns anos, mas que em pleno acontecimento da transformação digital, se faz urgente e necessária. Em live oferecida pela Coursera, em parceria com a plataforma Ensino Superior, na última quarta-feira (6), foi ressaltada a obsolescência do formato atual de ensino, no qual a estrutura de quatro anos para obtenção de um diploma já não satisfaz as necessidades dos alunos, nem das demandas de mercado.
É nesse contexto que Brian Rios, customer success manager da Coursera, explora o conceito de educação continuada e explica como a complementação do conteúdo da sua plataforma ao conteúdo pedagógico das instituições, pode ajudar a identificar e desenvolver habilidades específicas de cada aluno por meio da aprendizagem baseada em competências. “Não é que o diploma não seja mais necessário, mas é preciso entender que ele não é o fim”.
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A plataforma de aprendizagem em nível global Coursera, ajuda as IES a identificarem quais habilidades devem ser desenvolvidas em determinado curso com recomendação de conteúdo personalizado e em tempo real para os alunos, promovendo interações com outros de toda parte do mundo, medindo a avaliando o desempenho por meio de quizzes e exames, de maneira que possam ser aplicados em situações reais. De forma online, complementa o conteúdo próprio das instituições com certificação de gigantes internacionais como Harvard e Darthmouth, além de parcerias com empresas como Microsoft e Google.
“Desde 2008 já se trabalha com formação baseada em competências e muito se avançou de lá para cá, mas o que se vê agora é que com a chegada de inteligência artificial (IA), conseguimos rastrear skills”, diz Aécio Lira, diretor geral da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Santa Catarina, que utiliza o sistema Coursera e recursos de IA na formação que tem oferecido inicialmente para empresas e seus colaboradores. Com a transformação digital temos uma oportunidade extraordinária de formar por competência, recuperar e capacitar em sala de aula, diferente do Enade, que tem objetivos regulatórios de medir índices. Precisamos de um sistema para a sala de aula, para que possamos acompanhar a evolução de alunos e professores durante a formação”, acrescenta.
Brian Rios acredita que a estrutura de ensino realmente se encaminha para o híbrido, mas o que conta é o conteúdo. Tratando-se do ensino superior, deve ser cada vez mais preocupado com a relevância para o trabalho e aprendizagem ao longo da vida. “Penso que a experiência da sala de aula tradicional deve evoluir e que daqui a cinco a 10 anos, a IA vai incentivar essa mentalidade de estar sempre aprendendo”.
Para Lira, esse processo de transformação ainda será lento, por causa da dependência do setor quanto à regulação do MEC, acrescentando que o professor conteudista não se sustentará no novo cenário e que a “sala de aula tem sim os dias contados, mas só o tempo demandará suas particularidades. A mudança é profunda e muitos ainda não se deram conta”, conclui.
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A plataforma Coursera trabalha com conteúdo de complementação com universidades referências no mundo. Em quase 15 anos de existência no mercado já possui 87 milhões de alunos, em nível global por meio da atuação, com cursos de mais de 190 universidades pelo mundo. Assista a live na íntegra:
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