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NOTÍCIA
Além das diferenças de gênero na carreira científica, um obstáculo é geral: falta de financiamento e investimento no setor no país
Publicado em 18/02/2022
A cientista Juliana Helena Costa Smetana, que já atuou em uma força-tarefa de pesquisas promovida pelo LNBio/CNPEM, onde buscou compostos que apresentassem alguma atividade na infecção das células pelo vírus SARS-CoV-2, conta que soube da vocação para a área desde a infância. “Acho que consolidei a ideia de querer ser cientista com 12 anos de idade. Na sétima série ganhei um prêmio na feira de ciências da escola com o tema genética e, naquela época, eu já estava bem interessada em seguir a carreira nessa área”, declara.
Celebrado em 11 de fevereiro, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência visa fortalecer o debate sobre igualdade de direitos entre homens e mulheres. A área, marcada durante muito tempo por uma presença majoritariamente masculina, hoje se destaca com uma grande contribuição feminina, como é o caso da Juliana Helena, hoje pesquisadora e docente na Ilum – Escola de Ciência, do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
Juliana considera ter tido sorte em relação ao apoio para seguir carreira na ciência. “Nunca encontrei nenhuma resistência à minha decisão de ser cientista, pelo contrário, minha mãe é professora e sempre me incentivou a seguir a carreira que eu tivesse vontade”, relata. Já formada, a profissional explica que as maiores dificuldades enfrentadas por ela estão relacionadas ao contexto de desvalorização da ciência no país.
“Acho que, como todos os pesquisadores, aqui no Brasil a gente enfrenta o desafio da inconstância do financiamento em pesquisa. Vivemos tempos muito incertos em relação ao financiamento”, frisa.
A respeito da mulher no meio científico, a pesquisadora afirma que a formação feminina tem aumentado cada vez mais. “Já temos um número de formandas em doutorado equivalente aos homens, inclusive, tendendo a aumentar.” No entanto, a professora indica dois pontos que necessitam de uma melhora: a participação da mulher em cargos de destaque e em áreas STEM, campo de conhecimento que engloba as áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática. “Temos participação de mulheres na área biológica e de humanidades, mas as áreas de engenharias e ciências exatas ainda precisam de um incentivo para que aumente”, aponta.
Juliana ressalta que, em sua experiência pessoal, a maioria de seus orientandos foram mulheres. “Tive esse privilégio de ter um grupo de pesquisa formado predominantemente por mulheres. Não foi algo que busquei, simplesmente aconteceu, e acho que isso também mostra o interesse”, conta.
Além disso, 40,3% dos inscritos na Ilum, que inicia suas aulas em março, são do sexo feminino. “O curso de bacharelado em ciência, tecnologia e inovação compreende várias áreas do conhecimento, mas tem um foco muito importante em linguagens matemáticas. Foi uma surpresa muito boa para a nossa equipe constatar esse número expressivo de candidatas”, afirma.
Às meninas que desejam seguir caminhos na área, a profissional aconselha a desconsideração de possíveis comentários negativos. “Confiem em si mesmas e vão em frente porque, sim, temos espaço e a necessidade de mais mulheres na ciência. Convido quem tenha vocação a segui-la pois não irão se arrepender”, completa.