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NOTÍCIA
"A universidade precisa acordar urgentemente para as mudanças que estão ocorrendo no mundo do trabalho", afirma Mozart Neves Ramos, em artigo do livro "Educação: a trilha inacabada"
Publicado em 01/06/2023
No livro Educação: a trilha inacabada, o titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira, do Instituto de Estudos Avançados da USP em Ribeirão Preto, Mozart Neves Ramos, reúne uma série de artigos publicados por ele em veículos jornalísticos nos últimos três anos. Da educação básica ao ensino superior, Ramos reflete sobre os principais desafios do setor após a chegada da pandemia. No artigo ‘Ensino Superior: não podemos esquecer!’, ele evidencia a importância da educação superior para o Brasil e destaca seus principais desafios. Confira na íntegra:
Por Mozart Neves Ramos
“Em geral, quanto mais anos de estudo tiver a população de um país, maior será sua riqueza”, lembra Mozart Neves Ramos (crédito: divulgação)
O Brasil, sem dúvida, precisa olhar com mais atenção e prioridade para a Educação Básica, colocando em uma mesma equação quantidade e qualidade. Isso não é simples. Não se trata apenas de mais dinheiro, mas também de uma melhor gestão no emprego do dinheiro, que se traduza na melhoria da aprendizagem dos estudantes e na redução das desigualdades educacionais. Se esses desafios já eram importantes na agenda educacional, ampliaram-se muito no pós-pandemia. Todavia, o Brasil não pode esquecer do Ensino Superior.
Em geral, quanto mais anos de estudo tiver a população de um país, maior será sua riqueza, medida pelo percentual do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que se acentua exponencialmente com a qualidade da oferta. Por isso, é importante que o Brasil veja como anda seu Ensino Superior, que tem muitos problemas a serem resolvidos, tanto na esfera pública como na particular. A seguir destacamos alguns dos desafios, tomando como base os dados do Censo da Educação Superior de 2020.
Esse quadro também preocupa a maior – e possivelmente a melhor – universidade brasileira, a Universidade de São Paulo (USP). Por isso, o reitor Carlos Gilberto Carlotti criou um grupo de trabalho (GT) para trazer insights ao que ele chama de “construindo a Educação do futuro”. Tive o privilégio de ser convidado pelo magnífico reitor para coordenar esse GT. Uma coisa é certa: a universidade precisa acordar urgentemente para as mudanças que estão ocorrendo no mundo do trabalho, impactado por um cenário cada vez mais disruptivo, e ouvir, como nunca, seus egressos nas reformas curriculares. Os currículos têm de ser mais dinâmicos, e os professores devem estar preparados para formar seus alunos para o futuro que virá. Muito vem acontecendo fora dos muros das universidades, que hoje já não são mais os únicos nichos produtores de conhecimento. Ou a universidade percebe isso, ou perderá parte de seu prestígio social.
*Correio Braziliense, 1 de dezembro de 2022.
O e-book do livro Educação: a trilha inacabada está disponível de forma gratuita no site da Santillana.